21 de nov. de 2014

IV Mostra Cultural Afrodescendente do Gama

Da direita para a esquerda: Viridiano Custodio da SEPIR/DF. Pai Antonio de
Oxalá/Sociedade Beneficente Luz Divina, Rui Perpétuo Gomes/MADEB
(Na cadeira de rodas) e Rita Mendonça/Coordenadora Regional de Ensino
do Gama (de óculos)
Mostra Cultural no Gama, para comemorar a Semana da Consciência Negra, reúne artesãos, crianças e a comunidade do Gama

Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

O Gama apresentou na manhã desta sexta-feira (21), em comemoração à Semana da Consciência Negra, a IV Mostra Cultural Afrodescendente do Gama, evento idealizado pelos militantes do MADEB - Movimento Afrodescendente de Brasília. 

A partir das 9 horas da manhã foi aberta a Mostra com um ato solene de abertura. 
A IV Mostra Cultural presenteou a comunidade com exposições pedagógicas dos alunos da rede pública de ensino, apresentações de capoeira, teatro, poesia, performances, e trocas de experiências e conhecimentos com entidades comunitárias. 

Durante toda a programação a música foi um dos pontos altos desse encontro, em frente à Administração Regional. 
Grupo de capoeira fez uma apresentação no evento

A realização dessa festividade uniu, em parceria com o MADEB, a Coordenação Regional de Ensino do Gama, o Conselho Regional de Cultura da cidade, a Sociedade Beneficente Luz Divina, a Administração Regional do Gama, a SECULT-DF (Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal) e a SEPIR-DF (Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial ). 

Vários setores da sociedade também apoiaram a construção desse diálogo com a sociedade Gamense no intuito de proporcionar a todos a elevação do nível de consciência quanto à importância da união comunitária para a construção de uma sociedade mais justa. 

Alguns dos objetivos da mostra são:
1) Promover a união entre entes e agentes da educação e da cultura para promoção de uma Cultura de Paz e Não Violência junto à comunidade e principalmente junto às nossas crianças e à nossa juventude; 

2) Promover o respeito e a aceitação das diferenças culturais, religiosas, ideológicas e políticas entre as pessoas; 

3) Incentivar a participação da comunidade junto aos órgãos do poder público para a efetivação das políticas públicas voltadas à promoção da igualdade racial e à garantia dos direitos das mulheres, dos idosos, das crianças e e das minorias;

A obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio completou vinte anos no dia  09 de janeiro de 2014 . 

A promulgação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, foi um dos primeiros atos do então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a instituição da lei, houve alteração em dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional [Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996]. De acordo com o novo texto, os estudos de história e cultura afro-brasileira devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, de forma a resgatar a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política brasileira. 

Outra mudança ocorrida a partir da aprovação da Lei nº 10.639/2003 foi a inclusão, no calendário escolar, do Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.

Ao longo desses vinte anos, o Ministério da Educação tem reforçado a adoção de medidas afirmativas e inclusivas relativas a questões etnorraciais, e reafirmado o objetivo de valorizar e assegurar a diversidade etnorracial, tendo a educação como instrumento decisivo para a promoção da cidadania e a garantia dos direitos humanos.

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