13 de abr. de 2016

Ciro Gomes: Com impeachment quem assume é uma coalizão de bandidos


do Ceará 247

Em entrevista à BBC, o ex-ministro Ciro Gomes, potencial candidato à presidência da República em 2018, disse que o Brasil será governador por uma "coalizão de bandidos", caso o impeachment seja aprovado na Congresso.

"No dia que esse impeachment for – espero que não aconteça – consumado, quem assume é uma coalização de bandidos. Por desgraçada coincidência, a única pessoa que não está citada em nenhum desses gravíssimos escândalos é a Dilma. O vice-presidente está citado. O escândalo será inerente a essa turma que está entrando. E o eleitor da oposição vai se frustrar rapidamente. Então, você vai ter a mesma grave situação no Brasil só que com importantes bandas do país não reconhecendo a institucionalidade do governo e provavelmente descambando para a violência", alerta.

Ele também voltou a bater duro no vice-presidente Michel Temer. "É o capitão do golpe. É amigo íntimo do Eduardo Cunha. (Um governo Temer) será a consumação do desastre. A elite que está embalando a Fiesp acredita em (algo) que ele não tem a menor chance de entregar. Todo esse papo furado, redução de impostos, de custos trabalhistas, é tudo mentira. Zero chance de sequer propor. Ela vai ser contestado por MST, CUT, UNE. Tudo o que é sociedade civil organizada que teve participação na vida brasileira vai à luta. Eu mesmo vou lutar contra o governo ilegítimo."

Ciro, no entanto, aposta que o impeachment não passa na Câmara e disse ainda que o parecer de Jovair Arantes (PTB-GO) foi escrito por um advogado de Eduardo Cunha. "Agora a questão é: me diga onde está demonstrado o crime de responsabilidade? Essa é a questão. O governo fez pedalada fiscal? Não tenho a menor dúvida que fez. Isso é uma manipulação contábil, não é caracterizada como crime, nem sequer responsabilidade fiscal. É uma maquiagem contábil. Fernando Henrique fez oito anos (disso), Lula fez oito anos. O Michel Temer fez", diz ele.

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