15 de abr. de 2013

Sarau-Tributo a Carlinhos Piauí


Sarau-Tributo a Carlinhos Piauí
Participação especial de Edvaldo Santana 
“ vida é foda. E se não for, não nasce flor”.

De Brasília
Jorge Ghezo
Para o Blog do Arretadinho
Admiro gente rebelde e criativa. Edvaldo Santana é um cara rebelde e criativo independente, artista inovador, surfou pelas margens dos cenários midiáticos globais e que tais da música brasileira das décadas de 70/80/90/2000 e ainda mais. Criado com a cultura da periferia paulistana e as raízes nordestinas foi ao longo da vida, assimilando influências mis e engrossando o caldo poético com a rica seiva da arte brasileira.
Tom Zé disse que Edvaldo tinha “arrogância de bárbaro invasor”... Ademir Assunção, poeta, escreveu que Edvaldo socializa a informação, musical, tocando Reggae, Jazz, Merengue, Glauco Mattoso, Haroldo de Campos, Paulo Leminski, Alice Ruiz, Raul Seixas, Luís Melodia, Sérgio Sampaio, Arnaldo Antunes, Cartola, Hermeto, Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e tantos outros; Teresa Albuquerque, jornalista em Brasília, disse que o cara é craque. Só tenho a concordar. Sem restrição.
Convidado a vir ao Gama, cidade que tem Brasília como entorno, Lobo Solitário que é, botou viola e poemas na sacola, desembarcou numa quinta-feira 10 de janeiro de 2013 disposto a encarar o lobo Guará, bicho em extinção e arredio. E arrebentou! Fez gols de placa já na estreia! Encantou quem nunca tinha ouvido músicas criadas em comunhão com tanta gente boa da MPB. 
No recente trabalho, o disco “Jataí”, assumiu o lado poeta e criou com Luiz Waack e banda de excelentes amigos-músicos, trabalho lindíssimo, que já nasceu clássico. É só ouvir e ler “Jataí” ou conhecer a história contada na música “A poda da rosa”. 
No Gama, naquela noite de 11 de janeiro de 2013, ao ouvir Edvaldo acompanhado pela banda “Lobo Solitário (formada por músicos do Gama!) a cidade se abriu em sinceros e surpresos sorrisos, traduzidos em aplausos. Pessoalmente e a pedidos, o convidei a voltar. Convite aceito, combinamos a volta para o mês de abril. Porém, um fato inesperado se fez presente: a convocação de meu rebelde amigo Carlinhos Piauí para integrar a Seleção musical divina, exatamente no dia que eu voltava de São Paulo, da casa de Edvaldo Santana!
Entristecido, porém com a certeza que a vida segue seu implacável curso, decidi do limão fazer uma limonada; da tristeza, alegria de poeta; da ausência do admirado amigo, tira-gosto de sorrisos... E Edvaldo, consultado, topou.
Bolamos, então, o “Sarau-Tributo” a Carlinhos Piauí”, 
Carlinhos Piauí era querido pela arte, simpatia e bom-humor. Levou o nome do Gama por muitos bailes na vida além de trazer gente boa para mostrar a cidade e à cidade.
Músico diferenciado, canhoto que tocava sem inverter as cordas, poeta, anarquista cultural, provocador criativo, excelente piadista, alto astral, amigo confiável, deixa um vazio imenso na cultura do Gama e do DF. Mas a vida também pode ser assim, como diriam filósofos. 
Carlinhos Piauí e Edvaldo Santana fazem parte da seleção de artistas rebeldes e criativos que fazem da arte e amizade obras-primas. 
(texto de Jorge Ghezo)

Edvaldo Santana no Gama - roteiro
• 19 de abril, 21h - C.G, – Colégio do Gama - (para a comunidade escolar).
• 20 de abril, 20h – apresentação no “Sarau-Tributo a Carlinhos Piauí” - Espaço Umuarama, Ponte Alta Norte – Gama-DF, acesso pela Avenida São Francisco, fundos com o “Sol da Noite”.
• 22 de abril, gravação de programa na “Câmara dos Deputados”.

2 comentários:

Professor Jorge Guezo disse...

Grato Joaquim, pelo Blog e pela construção na identidade do Gama. Axé e Inté.

Blog do Arretadinho disse...

Tamo junto, Nego Jorge Ghezo - Professor José Jorge.
Um forte abraço. Não esqueça de enviar-me o vídeo inédito do Carlinhos Piauí no Arretadinho.
Abração!