14 de fev. de 2015

Aeroporto de Brasília é uma "fábrica de multas"

Sem ter estacionamento público, o Aeroporto de Brasília é uma "fábrica de multas"

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Desde que o consórcio Inframérica, que é liderado pelo grupo Engevix, passou a ter a concessão de administrar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, no início de 2013, que as vagas do estacionamento público foram eliminadas, obrigando os funcionários e passagens a utilizarem o estacionamento privado.

Por desconhecerem a inexistência de vagas públicas, muitos motoristas perdem muito tempo procurando o estacionamento público que ficava na praça Santos Dumont, que foi aterrada em 2012 para que o estacionamento pago fosse construído.  Em toda àrea externa do aeroporto não existe uma única placa avisando da inexistência de vagas públicas, apenas placas de "proibido estacionar".

Ter como única opção um estacionamento pago é um absurdo, mesmo porque no local existe espaço suficiente para vagas públicas. Os preços praticados pela concessionária são bem salgados, um morador do Gama disse ao Blog do Arretadinho que para levar e posteriormente buscar sua filha no aeroporto, teve que desembolsar R$ 34,00 no mês passado.

A Inframérica disse que já investiu R$ 370 milhões no empreendimento e que o valor chegou a R$ 900 milhões em julho de 2014. Isso mostra que obrigar o cidadão a pagar para estacionar é uma forma da iniciativa privada recuperar o investimento em um um tempo mais curto.

Policia Militar notifica os motoristas
que não usam estacionamento pago
Os motoristas que insistem em estacionar fora do estacionamento pago amargam uma multa de R$ 127,69, na maioria das vezes aplicadas pelo Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Distrito Federal.

Recentemente um amigo foi ao local e constatou que todos os veículos estacionados em via pública estavam sendo multados pelos Policiais Militares. Segundo o DETRAN/DF em 2013 foram aplicadas, em média, cerca de 200 multas por dia no local e em 2014 este número ultrapassou 300 notificações. Além de tudo isso o Estado gasta uma nota preta para formar um policial e o coloca com um talão nas mãos, ao invés de colocá-lo para fazer o policiamento ostensivo e preventivo.

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