16 de fev. de 2015

Cemitério judaico profanado na França

Bernard Cazeneuve, ministro do Interior da França
Profanadas 200 sepulturas de cemitério judaico na Alsácia, França
Região fica na fronteira com Alemanha. Dirigentes condenam ato com severidade. Frequência de atos antissemitas vem aumentando na França, levando judeus do país a considerar a emigração.

Desconhecidos profanaram cerca de 200 túmulos em um cemitério judaico na localidade de Sarre-Union, no leste da França. Ao divulgar a ocorrência, neste domingo (15/02), o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, disse "condenar com a maior severidade esse ato abominável".

"A República não vai tolerar essa nova violação dos valores partilhados pelos franceses", assegurou. Sarre-Union se localiza no departamento do Baixo Reno (Bas-Rhin), na região da Alsácia, próxima à fronteira com a Alemanha.

O primeiro-ministro Manuel Valls igualmente censurou a profanação das sepulturas como "um ato vergonhoso e antissemita", assegurando que Paris tudo fará para punir os responsáveis. Também o presidente François Hollande manifestou-se indignado.

Netanyahu reitera convite a emigração
Nos últimos anos, aumentou sensivelmente a frequência dos ataques de fundo antissemita no país, fato que tem levado parte dos judeus da França a considerar a emigração. Estimada entre 500 mil e 600 mil membros, comunidade judaica francesa é a maior da Europa.

Coincidentemente, neste domingo, em reação ao assassinato de um jovem judeu em Copenhague, o primeiro-ministro israelense, Benjamim Netanyahu, havia reiterado o convite à população judaica da Europa para emigrar para seu país, que é "o seu lar".

O premiê já fizera um apelo semelhante após os atentados de motivação fundamentalista islâmica em janeiro, contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo e um supermercado kosher em Paris. Em março de 2012, um muçulmano radical também invadiu uma escola judaica em Toulouse, no sul da França, matando três alunos e um professor.

AV/afp/epd

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