Em evento na Bahia, Governador de Goiás diz que militarizou colégios para punir professores.
A última coisa que se poderia esperar de um governo democrático seria vingança. Em Goiás, governado por Marconi Perillo, eleito democraticamente por quatro vezes, a vingança estatal é um prato que se come quente mesmo.
Em evento em Salvador promovido pela Lide-Bahia (Grupo de Líderes Empresariais), Marconi Perillo não se importou com a repercussão da sua fala e, sem meias palavras, confessou que militarizou alguns colégios em Goiânia para prejudicar professores contrários ao seu governo.
A luta dos professores goianos contra a precarização da profissão em Goiás vem desde o início do terceiro mandato do tucano. Depois de acabar com a carreira dos mestres, retirando-lhes a titularidade, o Governo tucano em Goiás quer, a todo custo, terceirizar a educação goiana às Organizações Sociais, nos mesmos moldes do que é feito hoje com os hospitais públicos do estado. Para os professores, isso acaba de vez com a carreira em Goiás.
O discurso do Governador goiano foi repercutido pelo Jornal A Tarde, do Portal Uol. A certa altura, diz o jornal, o governador contou uma história ocorrida na greve dos professores de Goiás esse ano para mostrar não ter medo de enfrentar o sindicalismo (sic). “Fui num evento e tinha um grupo de professores radicais da extrema esquerda me xingando. Eu disse: tenho um remedinho pra vocês. Colégio Militar e Organização Social. Identifiquei as oito escolas desses professores. Preparei um projeto de lei e em seguida militarizei essas oito escolas. O Brasil está precisando de ‘nego’ que tenha coragem de enfrentar”. Foi muito aplaudido, completa o pasquim.
É lamentável que um dos maiores beneficiários da democracia no Estado, aja dessa forma, divulgando arrogância, prepotência e autoritarismo Brasil a fora, como se Goiás fosse seu quintal e os goianos meros coadjuvantes de sua ditadura travestida de democracia.
do Opinando
Nenhum comentário:
Postar um comentário