6 de fev. de 2016

Greve na Educação de Fortaleza

Professores e funcionários da rede municipal de Educação de Fortaleza entraram em greve por tempo indeterminado a partir de decisão tomada em assembleia geral, com ampla participação da categoria, neste último dia 04 de fevereiro. Segundo Gardênia Baima, da Diretoria Executiva do Sindiute, “a estrutura das escolas está péssima. Estamos fazendo uma campanha de denúncias em nossas redes sociais e também na grande mídia, inclusive essa situação já foi noticiado nacionalmente”.

A maioria dos professores critica o prefeito Roberto Cláudio (PDT) pelo desvio de R$ 289 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, atual (Fundeb), recurso oriundo de indenização da União para o município.

“Entendemos que não é possível governar sem atender as principais negociações de uma categoria que tem um fundo próprio para os seus pagamentos que é o Fundef. Sem o reajuste, sem o pagamento das principais reivindicações da categoria, que já são dívidas da Prefeitura, não há como não fazer a greve”, afirma Gardênia Baima.

A categoria exige que o gestor destine 60% do dinheiro aos professores e os outros 40% invista nas escolas. A campanha salarial 2016 trabalha para a valorização dos professores e funcionários de cada uma das quase 450 unidades escolares de Fortaleza. A cidade tem nove mil professores municipais efetivos e dois mil temporários.

A programação das atividades da greve foi aprovada na assembleia e iniciarão depois do Carnaval, no dia 12 de fevereiro, no grande ato em frente à Prefeitura de Fortaleza.

Pauta de reivindicações da Greve na Educação:
– Reajuste salarial com data-base em janeiro;

-Implementação do piso salarial nacional;

– Rediscussão sobre o dinheiro do Fundef;

– A garantia de 100% das verbas do Fundef para educação pública; priorizando 40% das verbas para ser implementado imediatamente na infraestrutura das escolas;

– Pagamento dos anuênios atrasados;

– Liberação dos professores para licenças-prêmio;

– Mesa de negociação permanente.

Por Glauber Ataide. 
No Jornal A Verdade

Nenhum comentário: