Uma pesquisa feita pelo Instituto Todos pela Educação junto a professores da Educação Básica das redes públicas municipais e estaduais e da rede privada de todo o país revela que a maioria desses profissionais, 78%, escolheram o ofício pela afinidade com a profissão.
Mas as decepções ao longo da carreira levam esses profissionais à insatisfação. Seja por condições de trabalho ruins, estrutura precária, baixos salários e falta de reconhecimento.
Segundo a pesquisa, 33% dos professores estão totalmente insatisfeitos e apenas 21%, totalmente satisfeitos com a profissão.
A professora Luciana Custódio, de Brasília, está há 24 anos em sala de aula e reclama dos baixos salários.
“Tirando uma média das carreiras de nível superior, no Distrito Federal nós estamos entre os últimos colocados da carreira de nível lugar, mais de 20º lugar, com uma função tão nobre, né?”.
O gerente de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, Gabriel Correia, afirma que a insatisfação leva os professores a desincentivar novos colegas.
“A grande parcela dos professores não recomendam, é um cenário grave.”
Ainda de acordo com o estudo, dois em cada três professores apontam a formação continuada como medida para valorizar a profissão.
Além disso, a participação dos docentes na formulação de políticas educacionais e a restauração da autoridade e do respeito à figura do professor também poderiam reverter o quadro de desvalorização da carreira.
A remuneração média entre os professores pesquisados é de R$ 4.400. A grande maioria deles tem a principal renda da casa e 29% afirmam precisar de uma outra atividade como fonte de renda complementar.
A pesquisa ouviu 2.160 professores da Educação Básica das redes públicas municipais e estaduais e da rede privada de todo o país.
fonte EBC
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