" Dizer Cuba é dizer humanidade
Cuba mais uma vez respondeu, serena e solidária, quando foi preciso nesta situação extraordinária que ameaçava a vida.
O Cruzeiro MS Braemar (foto) atracou nesta quarta-feira, às 07:00 da manhã no porto de Mariel, localizado a 45 km a oeste de Havana, para iniciar a transferência dos seus passageiros para o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, em quatro voos charter, em resultado dos acordos entre os governos cubano e britânico.
Transportava 682 passageiros e 381 tripulantes, com cinco casos positivos para a Covid-19, e mais 40 viajantes sob suspeita de carregar o novo coronavirus; motivos pelos quais foram rejeitados em vários portos do Caribe desde o final de fevereiro.
O programa de viagem do cruzeiro ms Braemar, ao zarpar no dia 13 de fevereiro rumo a Cartagena, Colômbia, e visitar várias cidades caribenhas, nunca contemplou pisar solo cubano, provavelmente pelo medo das sanções económicas extraterritoriais que há quase seis Décadas o governo dos Estados Unidos aplica-se contra Cuba, impedindo o normal entendimento da maior das antilhas com o concerto dos países da comunidade mundial.
Para a administração de Donald Trump, atracar em um porto da ilha é um fato punível, merecedor de multas irracionais.
No entanto, foi precisamente o Governo cubano que respondeu ao pedido humanitário do Executivo britânico, em representação dos passageiros e armadores do mais Braemar para facilitar o seu regresso via aérea a essa nação europeia e salvá-los de um destino incerto, que bem pôde ser Fatal.
PASSAGEIROS, TRIPULANTES, COMPANHIA DO NAVIO
E GOVERNO BRITÂNICO AGRADECEM SOLIDARIEDADE
" Todos nós devemos lembrar o que #Cuba fez por nós, intervindo quando nenhum dos países e membros da Commonwealth Britânica na região ofereceu ajuda. Agora, assaltamos em Cuba e desembarcaremos para voos para casa mais tarde hoje. Muitos twits de boas-vindas dos locais, alguns dos quais estão aqui para nos cumprimentar! #Braemar #Covid19 ", tuitou Steve Dale, um passageiro do Braemar.
Segundo relatos de mídia jornalística, na véspera, o secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Dominic Raab, agradeceu ao Parlamento britânico o gesto de Cuba de permitir o atraque do cruzeiro e de ajudar no repatriamento dos passageiros.
Ao terminal do Mariel também chegou o embaixador do Reino Unido em Cuba, Antony Stokes, que expressou: "Estou muito grato ao governo cubano por aceitar realizar esta operação".
Por sua vez, o jornal local The Independent afirmou nesta quarta-feira que a decisão das autoridades da ilha caribenha era um "verdadeiro sinal de solidariedade global".
Depois de apontar que a maior das antilhas agiu de forma altruísta perante o pedido que lhe fez a sua contraparte britânica, o jornal destacou que não é a primeira vez que o país antillano apoia o mundo diante de uma emergência.
Nesse sentido, recordou a participação de médicos cubanos na luta contra o ebola na África Ocidental em 2014, e a atenção que deram às vítimas do terramoto de 2010 no Haiti.
A companhia proprietária do cruzeiro britânico ms Braemar, resenha pl, agradeceu hoje a Cuba por permitir o atraque do navio afetado por um surto da Covid-19, e tornar possível o regresso de seus passageiros ao Reino Unido.
"Em nome de Fred Olsen Cruise Lines, gostaria de estender os meus agradecimentos mais sinceros às autoridades cubanas, ao porto de Mariel e ao povo de Cuba pelo seu apoio", expressou o diretor administrativo da navegação, Peter Deer, em um comunicado.
Depois de lembrar que outros países negaram porto à embarcação depois de confirmar vários casos da Covid-19 a bordo, o empresário destacou que graças à generosidade dos cubanos, agora os turistas e tripulantes podem voltar para suas casas.
" Seu apoio não será esquecido. Desde o mais profundo do meu coração, obrigado ", destacou Deer ".
por Abel Reyes Montero
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