A fuga da família Real para o Brasil trouxe consigo certas consequências de cunho econômico, político e social para a colônia. Embora o fato tenha proporcionado uma maior liberdade à elite brasileira no desenvolvimento de suas atividades econômicas, também resultou em um grande aumento de impostos, já que era preciso financiar os conflitos que D. João VI estava envolvido, além das inúmeras obras de infraestrutura que foram feitas na cidade do Rio de Janeiro, nova capital do império.
Este aumento de tributos acabou estrangulando o poder econômico das elites pernambucanas, que se viam obrigadas a pagar pelo serviço de iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro, enquanto que Recife, por exemplo, praticamente não contava com o serviço. Outro fator que deixava os ricos produtores de Pernambuco insatisfeitos era a queda dos preços do açúcar e do algodão no mercado internacional. Além disso, a preferência dada aos portugueses na concessão de cargos públicos gerava enorme insatisfação nos habitantes de nacionalidade brasileira.
Todas estas razões levaram à eclosão da Revolução Pernambucana, em 1817, um conflito feito pelos proprietários de terra e outros brancos livres contra o governo de Portugal. Baseados nos ideais iluministas, os revoltosos tinham o objetivo da emancipação e adoção de um governo republicano, com a adoção de menores impostos e tributos, liberdade de imprensa e abolição dos títulos da nobreza.
Diferentemente de outros movimentos emancipacionistas, a Revolução Pernambucana foi além da fase conspiratória e de fato conseguiu instalar um governo provisório. Contudo, ao saber do fato, D. João logo organizou uma violenta ação repressiva contra os revoltosos. Unindo forças militares da Bahia e do Rio de Janeiro, o governo português cercou Recife. Os líderes da revolta foram presos e executados. Este foi o último conflito antes da independência do Brasil.
Fonte: historiadetudo.com
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