26 de nov. de 2011

REESTRUTURAÇÃO DESASTROSA NA SECRETARIA DE ESTADO DE EDUÇÃO DO DF.


POR: JAIRO MENDONÇA*

O Secretário de Educação do Distrito Federal, Sr. Denilson Bento da Costa e sua equipe, (e não outro), promove, num momento de crise, em que a categoria em estado de greve, já há algum tempo, se articula para cobrar o cumprimento de acordos assumidos e não cumpridos, uma desastrosa reestruturação.

Desde que o Sr. Secretário e sua equipe assumiu o comando da pasta, essa foi e tem sido a única novidade apresentada à categoria: Uma ação de reestruturação do organograma da Secretaria, onde se centraliza diretamente na Sede, competências de alguns núcleos das DRE’s, ficando os/as Diretores/as Regionais, reduzidos/as à coordenadores/as das atividades pedagógicas.

Agora, comunicado oficial da pasta, reduz drasticamente, supervisores administrativos e pedagógicos.
Evidentemente, um encaminhamento como este, sem nenhuma discussão prévia com a categoria e já ao findar do ano letivo deixou escolas e o professorado em pavoroso, causando enorme tumulto no interior das escolas. Imagine você, professora ou professor, que participou do processo de escolha de turmas, como manda o figurino, encontrar-se numa situação de total instabilidade, no final do ano letivo?
Para um comandante, oriundo da categoria e das entidades da classe, inclusive de arcabouço nacional, soa no mínimo irracional, tamanho desastre!

Para um governo que foi eleito, sob a égide de bandeiras progressistas é, no mínimo contraditório, encaminhamentos unilaterais e centralizadores de poder!

O que aconteceu com as discussões e plenárias sobre a matriz curricular, que se vinha realizando? Que projeto de educação, efetivamente se propõe para o Distrito Federal ou as ações desta Secretaria se resumem apenas em malabarismos Administrativos? Decisões verticalizadas e unilaterais e centralização de poder não colidem frontalmente com os pilares da gestão democrática que tanto se quer implementar?

Camaradas, reduzir professoras e professores, diretamente envolvidos no processo pedagógico é, no mínimo, prejudicar diretamente o bom andamento dos projetos em curso nas escolas e isso vai de encontro à defesa histórica de uma educação de qualidade, socialmente referenciada que essa entidade sindical sempre defendeu, portanto, precisamos tomar uma posição urgente e a categoria espera isso do SINPRO.

* Jairo Mendonça é professor da SEDF, músico e Diretor do Sinpro. 
** Artigo publicado com autorização do autor

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