18 de fev. de 2012

ESCOLA PROÍBE ENTRADA DE ALUNA COM CABELO AZUL

Uma aluna de 16 anos do 2.º ano do 
ensino médio de Uberaba, no Triângulo
 Mineiro, foi proibida pelo diretor da
 escola de assistir às aulas por ter 
pintado o cabelo de azul. O polêmico caso
 ocorreu no Colégio Cenecista Dr José 
Ferreira.

Indignado, o pai da adolescente, o 
advogado Guilherme Diamantino já 
matriculou a filha em outra instituição e 
estuda acionar a Justiça pelo 
constrangimento imposto à estudante.

Ele contou que o diretor do colégio, 
Danival Roberto Alves, chamou a menina 
na segunda-feira (13) e disse que ela 
precisava “se adequar à disciplina da 
escola ou teria de se retirar”.

“Fui à escola no mesmo dia e conversei 
com o diretor. Deixamos acertado duas 
coisas: uma que eu falaria com minha 
filha e ela decidiria se queria ficar ou não. 
Se ela não quisesse, eu teria um tempo 
para procurar outra escola”, relatou o 
advogado. Na terça-feira, a garota 
assistiu à aula normalmente. Na quarta-
feira, porém, ela foi barrada pelo 
porteiro.

O pai diz que desde então o diretor não 
mais o atendeu. “Ele combinou uma coisa 
e fez diferente.” Procurada, a direção da 
escola informou que não iria se 
pronunciar.

A história ganhou as redes sociais, onde 
Diamantino fez um desabafo e vários 
estudantes declararam apoio à 
adolescente. A aluna deu uma única 
entrevista, a um blog, onde descreveu 
como foi barrada. “Foi extremamente 
humilhante, e na frente de todos.”

Para Mário Lúcio Quintão Soares, 
conselheiro da Ordem dos Advogados do 
Brasil, (OAB), a decisão da escola fere o 
direito básico à dignidade e à identidade 
da pessoa humana. “Em hipótese alguma 
o educador pode coibir o comportamento 
dela de pintar o cabelo de azul”, disse. 
“Foi uma decisão conservadora, atrasa
da, 
anacrônica. Essa escola prestou um 
desserviço à educação”, acrescentou 
Quintão.

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