O Monte Pascoal, nosso Pé de Pedra, é terra indígena, baliza de nossa história, salão de nossas festas, altar de nossos antepassados.
Porto Seguro tem 17 aldeias e uma população de quase 10.000 índios.
Os Pataxós, índios guerreiros e bravos, foram denominados de Tapuias, assim como outros grupos que não se deixavam dominar facilmente.
Diz o mito do Txôpay ( O Criador) que os Pataxó nasceram de um grande buraco, num lugar encantado chamado Juacema (Próximo à praia do espelho). Num dia ensolarado, ele criou um grande temporal e cada gota misturada ao barro dava vida ao um Pataxó.
A presença dos índios Pataxó no entorno do Monte Pascoal não está registrada apenas na memória dos anciãos indígenas. Documentos produzidos por colonos, religiosos e autoridades políticas, no período colonial, também evidenciam a ocupação tradicional dos Pataxó, juntamente com outros grupos indígenas. Em uma carta datada de 31 de Julho de 1788, por exemplo, o padre Cypriano informava à coroa portuguesa que "nas vizinhanças do Monte Pascoal e nas suas fraldas estão situadas as aldeias do gentio chamado Pataxó, que saem muitas vezes à praia para pescar..."
O príncipe Maximiliano descreve os habitantes, informando que "...os capuchos, os Cumanachos, Machacalis e Panhamis também perambulam por essa mata. Parece que as últimas quatro tribos se aliaram aos Patachós (sic) para que assim, unidos, possam fazer frente aos Botocudos, mais numerosos.
Descendentes dos Botocudos |
Em 1861, o presidente provincial Antonio da Costa Pinto informou na assembleia baiana que se fazia necessária a criação de um aldeamento para os índios selvagens daquela região, dentre estes os Pataxó.
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