21 de mar. de 2013

Câmara de SP homenageará atuação da Rota na ditadura


Câmara de São Paulo homenageará atuação da Rota na ditadura
Do Sítio da UJS
Telhada
É absurdo e real. Responsável pela perseguição, desaparecimento, tortura e morte de mais de 4 mil pessoas (conforme relata o jornalista Caco Barcellos, no livro Rota 66) durante a ditadura militar, feitos estes ostentados por si , a Rota (ex-Rondas Extensivas Tobias de Aguiar) agora ganhará um novo “reconhecimento” por sua atuação no que tange o desrespeito aos direitos humanos, à vida de jovens (em especial, negros e pobres) e à democracia.
O reconhecimento por sua “atuação relevante” se dará através de uma homenagem em sessão solene, a ser prestada pela Câmara Municipal de São Paulo, que aprovou a concessão da Salva de Prata, sem data ainda a ser realizada.
O projeto de decreto legislativo 02-00006/2013 foi proposto pelo vereador Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada (PSDB), mais conhecido como o coronel Telhada. Além de vereador, é também primeiro ex-comandante do Primeiro Batalhão da Polícia de Choque (ex-rota). O texto apresentado foi aprovado pelos vereadores, porém foi retirado do site da Polícia Militar.
Para Telhada, um dos motivos pela homenagem se dá em reconhecimento das “campanhas de guerra”, como os feitos da companhia chamada Boinas Negras que atuou durante a ditadura militar perseguindo àqueles que faziam oposição à ditadura, como Carlos Lamarca e o líder revolucionário Carlos Marighella. 
Telhada aponta que a Rota teve destaque na campanha do Vale do Rio Ribeira do Iguape, em 1970, “para sufocar a Guerrilha Rural instituída por Carlos Lamarca”. No texto, o coronel ainda conta a origem da Rota, criada para combater a guerrilha e os resistentes da ditadura, tal como fez com Lamarca e Marighella.

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