15 de out. de 2013

Falhas na política de migração em Moscou

Falhas na política de migração foram as causas das desordens em Moscou
A polícia de Moscou identifica os iniciadores das desordens em massa no sul da capital russa. Na véspera no bairro de Biryulevo Ocidental foram detidas quase 400 pessoas, que participaram do quebra-quebra na base de frutas e legumes e no centro comercial Biryuza. O pretexto para as desordens foi o assassinato, por um desconhecido, do moscovita Egor Sherbakov de 25 anos de idade. O comitê de investigação tomou este caso sob controle especial.
As autoridades de Moscou criaram um estado-maior para a normalização da situação no bairro Biryulevo, que irá ajudar os zeladores da ordem a estabilizar a situação na periferia da capital e que foi encabeçado pelo vice-prefeito da cidade. O ministério do interior foi encarregado de buscar com urgência o criminoso, hoje a polícia realiza batidas nos mercados urbanos.
Simultaneamente a polícia trabalha com os detidos durante o quebra-quebra, declarou o ministro do Interior Vladimir Kolokoltsev:
"Nós devemos cooperar com todos os iniciadores e provocadores somente no âmbito dos crimes investigados. Não se pode falar de quaisquer entendimentos com os criminosos."
Como resultado das desordens foram detidas 380 pessoas. Segundo dados do Ministério do Interior já foram feitos protocolos administrativos para 70 delas, dois participantes ativos das desordens em massa foram detidos por mais 48 horas para investigação ulterior. Verificações são feitas também na base de frutas e legumes, onde ocorreu o quebra-quebra. Os acontecimentos no sul de Moscou trouxeram à superfície problemas amadurecidos há muito tempo, assinalou o especialista Yuri Krupnov:
"Em essência ninguém cuida da quantidade gigantesca de migrantes, que se concentram em grandes cidades. Isto está entregue à arbitrariedade de empresários, e das diásporas. As pessoas ficam indignadas não com os migrantes, por mais que queiram dirigir contra eles a corrente da ira, mas com o fato de inexistir ordem rigorosa e cumprimento da lei."
 O encarregado dos direitos humanos Vladimir Lukin, está convicto de que o problema não está na ausência de leis, mas na corrupção. Segundo ele as autoridades municipais simplesmente fecham os olhos ao que ocorre, apesar de terem o dever de trabalhar todos os dias diretamente com os migrantes e aproximar as nacionalidades, diz Vladimir Lukin:
"É necessário tomar medidas de assimilação das pessoas, existem tecnologias especiais de integração de novas pessoas na sociedade. Elas atuam na Alemanha, França e em uma série de países. Apesar de que lá também ocorrem conflitos. As autoridades municipais devem dedicar-se a trabalho concreto - aproximar pessoas, revelar líderes informais e trabalhar com eles. Este é trabalho da sociedade civil e do Estado."
O encarregado dos direitos humanos propôs atrair os meios sociais e os defensores dos direitos para o debate deste problema e também realizar inquérito parlamentar dos acontecimentos em Biryulevo.

Anna Khrustaleva
no sitio http://portuguese.ruvr.ru/

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