14 de out. de 2013

Marcelo Rezende e o terrorismo midiático

Marcelo Rezende e o terrorismo midiático

De Brasília
Para o Blog do Arretadinho

O apresentador do programa "Cidade Alerta", Marcelo Rezende, representa o que há de mais grosseiro no jornalismo brasileiro. Numa mistura de cabo eleitoral do PIG  e justiceiro, o apresentador destila seu ódio contra o Governo da Presidenta Dilma e contra todos os políticos.

Em seu programa de hoje (14), uma reportagem sobre uma unidade de saúde em Carapicuíba, SP, foi o motivo que Rezende queria para desferir pesadas críticas contra o Governo Federal e, de quebra, contra o Programa Mais Médicos.

Entenda o caso
A reportagem mostrava a falta de médicos na unidade de saúde da cidade, muitas pessoas haviam chegado ao local as 06:30h da manhã e que só foram atendidas à tarde.
Médicos que deveriam chegar as 07:00h, atrasavam-se duas horas, só chegando ao local por volta das dez horas da manhã. A produtora do programa da Rede Record, devidamente disfarçada de paciente, mostrou também que esses médicos deveriam atender o dia todo, no entanto, só faziam o atendimento até o meio dia.
Ou seja, além de chegarem duas horas atrasados, só trabalhavam por outras duas horas.
Uma senhora, desesperada pela falta de atendimento ao seu filho, teve uma crise nervosa e começou a quebrar alguns equipamentos na sala de espera. A Guarda Civil Municipal foi chamada e os ânimos foram acalmados sem mais violência.
A produtora do Cidade Alerta começa a conversar com um Guarda Civil sobre a falta de médicos na unidade de saúde da cidade, foi quando o agente da lei revelou uma informação valiosa: "Bom mesmo aqui é na Quinta Feira. É um médico Paraguaio e um Colombiano. Eles chegam as 07:00h da manhã e ficam o dia todo".

Em outro trecho da reportagem, provavelmente numa Quinta Feira, a mesma produtora ficou cronometrando o tempo em que os médicos estrangeiros atendiam os pacientes, em média cinco minutos.
O apresentador falou sua famosa frase, "corta pra mim", e começou a culpar o Governo Federal não só pela falta de estrutura da unidade de saúde, mas pela atitude dos médicos brasileiros gazeteiros.

Decifrando o óbvio
1) A responsabilidade de chegar ao local de trabalho na hora certa é do profissional de saúde e não da Presidenta Dilma. A atitude desses médicos é mais uma comprovação da falta de comprometimento com a saúde pública da cidade, além disso, fica clara a desonestidade desses médicos brasileiros que só cumprem duas horas de trabalho, mas recebem seus salários integralmente.

2) A responsabilidade pela fiscalização e controle da frequência no trabalho desses médicos, também não é do Governo Federal, mas sim da Prefeitura, que é a administradora da unidade de saúde.
Segundo declarou o próprio apresentador, a produção do programa entrou em contato com o Prefeito e com a Secretária de Saúde do município, por diversas vezes, sem obter qualquer tipo de resposta.

3) O fato da produtora ter retornado a unidade de saúde nos dias em que o atendimento era feito por médicos estrangeiros e cronometrar o tempo que levava para cada paciente ser atendido, é uma demonstração clara de desqualificar os médicos estrangeiros, sem levar em conta a quantidade de pessoas que não haviam sido atendidas pelos médicos brasileiros nos outros dias.

A reportagem omitiu, criminosamente, que aqueles médicos estavam cumprindo seu dever rigorosamente, em tempo integral pelo qual estavam sendo pagos e que para atender um número de pessoas tão grande como aquele, é necessário fracionar o tempo, para que um maior número de atendimentos seja feito.

4) Essa prática jornalística não pode ser chamada de liberdade de imprensa, mas deve ser criminalizada como ditadura da mídia.
A Presidente Dilma deu uma grande demonstração de coragem política ao editar a Medida Provisória que criou o Programa Mias Médicos, agora precisamos que ela tenha a mesma coragem para comandar a campanha que regulamenta a mídia, para que tenhamos mais democracia na informação e que terroristas midiáticos como Marcelo Rezende e José Luiz Datena, ou se enquadrem em uma prática jornalística honesta, ou que se mudem para o meio de uma floresta onde tenha uma reserva de onças famintas.

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