Nota do DCE Luiz Gama Filho
INFORMATIVOS DE BRASÍLIA - DIA 07/01O DCE Luiz Gama Filho gostaria de informar sobre a real situação ocorrida em Brasília.
Primeiramente, a Universidade Gama Filho NÃO foi descredenciada, e ao contrário de boatos os estudantes não se curvaram à sinalização do MEC nessa direção.Como foi acordado em assembléia geral dos estudantes a pauta da ocupação do MEC era reivindicar uma intervenção acadêmica e financeira que reestruturasse a instituição.
Após mais de 20 horas de viagem chegamos em Brasília no dia 7 de Janeiro pela manhã, com cerca de 60 alunos. Nos dirigimos para o Ministério da Educação onde corajosamente ocupamos sem qualquer ato violento ou depredação de patrimônio público.No interior do MEC, a primeira autoridade a chegar foi um delegado da Polícia Federal que já se portou com ameaças e retenção da entrada de alimentos. Entretanto nossa postura continuou firme.
Por meio da pressão exercida pela ocupação, abriu-se diálogo com interlocutores. Esclarecemos nossa pauta e reiteramos que só deixaríamos o local com uma posição do Ministro da Educação ou Presidente da República.
Após horas de espera, em meio a palavras de ordem, fomos recebidos pelo secretário executivo Henrique Paim, o representante da SERES Pedro leitão e um advogado geral da união.Apresentamos nossa pauta de intervenção com base em exemplos sólidos ocorridos anteriormente, amparados pela justiça e pela Lei 9.394/96.
Porém, o MEC afirmou que somente com o envolvimento da justiça seria possível uma intervenção nestes moldes.Exigimos uma reunião na Procuradoria Geral da República com a presença do procurador Aurélio Rios, Henrique Paim e outros estudantes concomitante a uma reunião no MEC com representantes da SERES e os ocupantes objetivando esclarecimentos sobre os mecanismos de uma possível transferência assistida.
Seguido o término de ambas as reuniões os ocupantes realizaram assembléias para debater o próximo passo.Houve ameaças e abuso de poder da polícia federal, assim como negociações para a desocupação.
O MEC propôs que uma comissão de 5 pessoas fosse recebida pelo Ministro tendo como condição a desocupação.Após assembléia dos ocupantes, mesmo sofrendo sucessivas ameaças e pressão psicológica da polícia federal, rejeitamos a proposta do MEC e decidimos que só desocuparíamos caso o Ministro recebesse todos os ocupantes.
Enfim, o Ministro nos recebeu e se posicionou de forma insatisfatória. (Mais tarde lançaremos o vídeo na íntegra.)Desse modo, decidimos nos manter em Brasília planejando novas movimentações para resguardar nossos direitos como estudantes e conquistar nossa pauta.
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