22 de mar. de 2014

Rússia passará a comprar mais carne do Brasil

Presidentes Xi Jinping, da China, e Vladimir Putin, da Rússia,
assinam acordos durante reunião em Moscou
Rússia passará a comprar mais carne do Brasil após novas sanções
A Rússia poderá permitir importações de carne de gado brasileiro, de porco da China e de búfalo da Índia para compensar a queda nas vendas dos Estados Unidos, União Europeia e Austrália, informou o serviço veterinário e fitossanitário do país à agência inglesa de notícias Reuters. O movimento ocorre em meio ao acirramento da crise sobre a região da Crimeia.
– Uma decisão deve ser tomada nas próximas semanas – disse o porta-voz da instituição, Alexei Alekseenko.
Além do volume comprado, atualmente, pela Rússia no Brasil, “essa quantidade tende a aumentar”, acrescentou. A avaliação russa sobre a carne asiática, no entanto, começou antes dos problemas na Ucrânia, destacou Alekseenko. Mais cedo, a Rússia aliviou levemente um embargo a importações de carne dos EUA ao permitir compras de carne de porco produzida em duas unidades da Smithfield Foods, que foi comprada recentemente pela chinesa Shuanghui.

A Rússia suspendeu a maior parte das importações de carnes dos EUA no começo do ano por preocupações com o uso do aditivo alimentar ractopamina.

Graves prejuízos
Caso uma escalada do impasse entre Europa e Moscou sobre a Ucrânia resulte em sanções econômicas, mais de 6 mil companhias alemãs que fazem negócios com a Rússia sofrerão prejuízos catastróficos, alertou o principal órgão de comércio alemão.

– Cerca de 6,2 mil companhias alemãs estão envolvidas na Rússia, algumas delas muito profundamente. Para elas, sanções econômicas serão uma verdadeira catástrofe – disse Anton Boerner, chefe da associação de exportadores BGA, ao jornal Dortmunder Ruhr Nachrichten, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira.

Líderes da União Europeia, incluindo a chanceller alemã Angela Merkel que teve um papel de liderança na tentativa frustrada de persuadir o presidente russo Vladimir Putin a não anexar a península da Crimeia, retaliaram com proibição de viagens e congelamento de ativos contra 33 pessoas próximas a Putin e estão preparando sanções econômicas. Boerner disse que os preços de energia vão subir se a crise perdurar, mas que Moscou provavelmente não cortará todo seu fornecimento de energia à Alemanha, que importa mais de 30% de seu petróleo e gás da Rússia.

A BGA disse na semana passada que, embora um conflito comercial possa ser prejudicial à Alemanha, “pode ser fatal para a economia russa”. O comércio bilateral com a Rússia, que soma cerca de 76 bilhões de euros, caiu no ano passado.

fonte http://correiodobrasil.com.br/

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