2 de abr. de 2014

Ato em repúdio ao golpe militar de 64

Ato político repudia golpe militar de 64, inaugura busto e lança biografia do deputado Rubens Paiva, na Câmara dos Deputados, foi patrocinado pelas bancadas do Partido Comunista do Brasil, Partido dos Trabalhadores e Partido Democrático Trabalhista.

De Basília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

A Câmara do Deputados viveu um dia histórico na noite desta terça (01), as lideranças do PCdoB, PT e PDT, promoveram um ato político em repúdio aos 50 anos do golpe militar de 1964.
Diversos deputados se pronunciaram na ocasião, todos com um discurso duro, principalmente, contra os acusados de praticarem torturas em presos políticos.
Messias de Souza
 Administrador de Brasília
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O Ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), disse que "o maior crime cometido pelos militares não foi ter nos prendido, torturado e matado tantas pessoas, o maior crime dos militares foi ter alienado duas gerações que, com a ajuda da mídia e da elite, se perpetua até os dias de hoje", concluiu o ministro.

A Deputada Jandira Feghali, PCdoB/RJ, disse que o dia 1º de Abril é uma data para "descomemorar" o golpe militar e que é inconcebível que alguém comemore um regime que promoveu a dor, a tortura e a morte de tantas pessoas.
Juventude Socialista
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O deputado Domingos Dutra, PROS/MA e Jean Willys, PSOL (RJ), disseram que vão continuar lutando pela reforma da lei da anistia, para que os torturadores sejam presos e paguem pelos crimes que cometeram.

Um encarte distribuído pelo PCdoB lembrou que o partido, há época, defendeu bandeiras para unificar a oposição ao regime ditatorial. Naqueles anos, a oposição cresceu e radicalizou seu pleito central por transformações profundas, como a anistia ampla e a Constituinte livre e soberana.

Militância Comunista
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Diz ainda o texto que a ditadura se isolava. Em Janeiro de 1975, o PCdoB insistiu em bandeiras para unificar, na luta contra a ditadura, amplos setores da sociedade: 1ª) Anistia ampla geral e irrestrita; 2ª) Abolição de todos os atos e leis de exceção; 3ª) Convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte livremente eleita. E pregava a unidade do povo:
"O êxito nesta tarefa exige a criação de uma ampla e combativa frente de oposição à ditadura (...). A unidade para a luta é a arma da vitória". Conclui o encarte.

Já o líder do PT, deputado Vicentinho (SP), lembrou que "A classe trabalhadora sentiu na carne a repressão. Muitas vítimas tombaram na resistência ao regime de exceção, como o companheiro Manuel Fiel Filho, Rubens Paiva, Vladmir Herzorg e tantos outros. Rendemos nossas homenagens aos heróis da resistência e nos solidarizamos com seus familiares, muitos dos quais sem o direito básico de sepultar os restos mortais de seus entes queridos, que "desapareceram" depois de presos por forças do Estado". Concluiu Vicentinho.


Ato Cultural

A noite também foi marcada por muita música com os cantores Andréia Roseno, Jaguaraci de Andrade, Marcia Short e Raimundo Sodré que, além de outros sucessos, interpretou o hit "A Massa", transformando o hall da taquigrafia em pista de dança.

Rubens Paiva
Após a apresentação dos músicos e do Coletivo Teatral Comune, que apresentou uma simulação de entrevista com a "Sra. Ditadura", foi inaugurado o busto do deputado Rubens Paiva no mesmo salão, que foi preso, torturado e morto pela ditadura militar. Em seguida, no auditório Nereu Ramos, aconteceu o lançamento do livro Rubens Paiva, uma biografia escrita por Jason Tércio, 67ª publicação da série "Perfis Parlamentares, da Câmara dos Deputados.
Confira dois dos quatro vídeos que fizemos. Quando os outros dois estiverem prontos publicaremos aqui, volte depois e confira.










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