1 de abr. de 2014

Dilma diz que ditadura calou nossa liberdade

Presidenta Dilma Rousseff falou sobre
a importância de relembrar o período
do Golpe Militar vivido em 1964
Foto: Roberto Stukert Filho/PR
Dilma: "Por 21 anos nossa liberdade, nossos sonhos foram calados"
Pelo Twitter a presidenta ressaltou a importância de se relembrar os 50 anos após o período do golpe militar de 1964
A presidenta da República, Dilma Rousseff, usou a sua conta no Twitter para reforçar a importância de se relembrar os 50 anos do Golpe Militar no Brasil, ocorrido em 1964, celebrado neste 31 de março. 

"Por 21 anos, nossa liberdade, nossos sonhos foram calados. Esforço de cada um de nós, de todas as lideranças do passado, dos que vivem, dos que morreram, fizeram com que ultrapassássemos essa época. As cicatrizes podem ser suportadas e superadas, porque hoje temos uma democracia social e podemos contar nossa história. O dia de hoje exige que nos lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos isso a todos os que morreram e desapareceram, aos torturados e perseguidos, às suas famílias, a todos os brasileiros. Assim como reverencio os que lutaram pela democracia, também reconheço e valorizo os pactos políticos que nos levaram à redemocratização. Quem dá voz à história somos nós, quem no cotidiano afirma, protege, e amplia a democracia no nosso país".

Dilma também tratou sobre o tema durante o evento para a assinatura da contratação da nova ponte sobre o Rio Guaíba (RS). “O dia de hoje exige que nos lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos isso a todos que morreram e desapareceram, aos torturados e perseguidos, às suas famílias e a todos os brasileiros. Lembrar e contar faz parte de um processo muito humano”, ressalta.

Durante seu discurso, Dilma lembrou que por causa das mobilizações populares foi possível reconquistar a democracia e firmar pactos que atualmente estão traduzidos na Constituição Federal, promulgada em 1988. “Por 21 anos nossa liberdade, nossos sonhos foram calados. Hoje, podemos olhar pra esse período, olhar justamente do ponto de vista dessa obra específica, mas que mostra toda capacidade e envolvimento de todas as instituições num clima de democracia. Podemos olhar este período e aprender com ele, porque o ultrapassamos. (...) Lembrar e contar faz parte de um processo muito humano, desse processo que inciamos com as lutas do povo brasileiro, pela anistia, constituinte, eleições diretas, crescimento com inclusão social. Um processo que eu foi construído passo a passo, durante cada um dos governos eleitos depois da ditadura". 

Ao abordar, ainda, sobre as aprendizagens que o período deixou para o povo brasileiro, a presidenta reforçou que a vivência do período fez com que tivéssemos conhecimento sobre o valor da liberdade. “Aprendemos o valor da liberdade, do legislativo e do judiciário independente e ativos. O valor da liberdade de imprensa, do voto secreto, de eleger governadores, prefeitos, um exilado, um líder sindical que foi preso várias vezes, e uma mulher também que foi prisioneira. Aprendemos o fator de ir às ruas e mostramos um diferencial quando as pessoas foram às ruas demandar mais democracia. Aqui não houve processo de abafamento desse fato, o valor de ir às ruas, de exigir mais direitos”, destaca.

Comissão da Verdade
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi criada pela Lei 12528/2011 e instituída em 16 de maio de 2012. A CNV tem por finalidade apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. Em sua fala a presidenta reforçou a importância da comissão para história.  “Repito o que disse dois anos atrás, quando instalamos a CNV: se existem filhos sem pais, pais sem túmulos, túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo pode existir uma história sem voz. E quem dará voz a história são os homens e mulheres livres sem medo de escrevê-la. Quem dá voz a história somos nós, que no cotidiano, protegemos, e ampliamos a democracia no nosso pais. 

Fonte: Portal Brasil 

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