16 de jul. de 2014

Professor Zé Antônio fala ao Blog do Arretadinho

Professor Zé Antônio ao centro, Messias de Souza, candidato a Deputado
Federal pelo PCdoB/DF - 6565 à esquerda e Augusto Cezar Madeira,
Presidente do PCdoB/DF à direita
Em entrevista exclusiva, o Professor Zé Antônio fala ao Blog do Arretadinho. Os assuntos vão do início de sua gestão na Regional de Ensino à violência contra as mulheres.

Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Colaboraram: Éder Alves, Ritinha Mendonça, Chico do Gama e Jairo Mendonça

À partir desta quarta (16) o Blog do Arretadinho publicará uma série de reportagens com o candidato à Deputado Distrital e Ex-Coordenador Regional de Ensino do Gama, Professor Zé Antônio. Em uma longa entrevistas, que durou mais de quatro horas, o professor abordou diversos temas, como o início de sua gestão à frente da Regional de Ensino da cidade, das ações que devem ser feitas para combater a violência contra as mulheres, da sua participação na audiência pública que debateu a instalação do BRT e muitos outros assuntos ligados à vida do cidadão do Gama.
Professor Zé Antônio é candidato a Deputado Distrital pelo PCdoB/DF - 65234

Dividimos a entrevista em várias partes, confira a primeira delas:

Blog do Arretadinho:
Professor, primeiramente queremos agradecer por conceder essa entrevista ao Blog. Em segundo lugar quero fazer uma pergunta que já ouvi de algumas pessoas: Em quais condições o Sr. encontrou a Regional de Ensino do Gama, quando o Sr. assumiu?

Professor Zé Antonio:
A situação da Regional de Ensino, que encontramos em 2011, foi uma situação bem difícil porque, de 50 diretores de escola, tínhamos 19 que, mesmo sob a égide da Lei da Gestão Democrática, eles não estava legalmente constituídos porque não tinham sido homologados pelo processo do referendo. Nesse primeiro momento nós fomos para dentro das escolas conversar com a comunidade escolar e recompor as direções que não estavam homologadas.
O nosso foco era substituir esses diretores interinos, alguns com mais de 20 anos na direção da escola, já pensando no Projeto de Lei de Gestão Democrática, que há época estava em tramitação na Câmara Legislativa e que não previa professores aposentados ocupando a direção de escolas.

Conversei com todos esses 19 diretores e vários deles toparam se afastar, fiz a indicação dos novos interinos, que permaneceriam até que a Gestão Democrática fosse implantada e forão eleitos no processo, ou seja, a escolha do interino, em sintonia com a comunidade escolar, foi um acerto. Tanto que forão reconduzidos pelo processo de eleições diretas.

BA:
Você encontrou algum problema com as contas da Regional:

PZA:
Encontramos alguns problemas sim nas contas da Regional, produzidos pela gestão passada, que até há bem pouco tempo não haviam sido resolvidos mas, conversamos xom os gestorres que nos antecederam, eles correram atrás e hoje não existem mais problemas nas contas da Regional de Ensino do Gama.

BA:
E nas contas das escolas?

PZA:
Sim, encontramos diversos problemas nas contas das escolas, principalmente de inadimplência no comércio, mas nós conversamos com os responsáveis por esses problemas e colocamos que essas escolas não poderiam ficar reféns e não receberem as verbas federais, que essas dívidas fossem quitadas o mais rápido possível e a situação da unidade educacional fosse regularizada.

BA:
O que foi a CRE itinerante?

PZA:
Esse foi um projeto que nós pensamos com o objetivo de descentralizar as ações, que antes eram focadas na sala, no gabinete, que na nossa opinião é um espaço para reunião e que todos tenham acesso; Fizemos uma gestão mais dentro da escola do que na sala da Regional de Ensino. E esse projeto consistiu em visitar, escutar, auscultando (termo médico) a escola, ouvir a escola lá de dentro mesmo.

BA:
Como era feito isso? Explique melhor...

PZA:
Nós deixávamos uma urna na escola por três ou quatro dias, para que a comunidade escolar, professores, alunos, pais de alunos, servidores, etc, fizessem críticas, sugestões ou qualquer comentário. Depois recolhíamos a urna, tabulávamos e voltávamos à escola para discutir o que foi dito e procurar uma solução para os eventuais problemas. Pensamos nisso porque nos parece que as pessoas ficam mais à vontade tratando dessas questões quando escrevem, do que em uma entrevista ou reunião formal.
Nós fomos em todas as escolas, em todos os turnos e mesmo aquelas escolas que não fizeram qualquer comentário, nós fomos lá e questionamos, "olha, vocês não comentaram nada, nós estamos aqui para ouví-los", tornando-se uma ação muito exitosa. Nós praticamos a democracia: primeiro ouvimos a comunidade escolar, identificamos os problemas e planejamos a sua solução.

BA:
Esse projeto começou em 2011?

PZA:
Não foi possível implementá-lo em 2011 porque as escolas estavam sem a direção eleita, as direções eram interinas aguardando a aprovação do Projeto da Gestão Democrática pela Câmara Legislativa. Em 2012 também não conseguimos implementar por causa da greve dos professores. Só em 2013 foi possível implementar o projeto da CRE itinerante.

BA:
Já é possível dizer se deu bons resultados?

PZA:
Sim, tivemos muitos resultados positivos e muitos problemas solucionados, no que diz respeito a competência da CRE. Os que não são da competência da CRE forão todos encaminhados para os órgãos responsáveis

Um comentário:

Unknown disse...

A Câmara Legislativa precisa de um choque de competência, honestidade e de políticos que respeitem o povo. Por isso temos que colocar o Zé Antônio lá!!
Camarada Jonas Silva.