O senador Cristovam Buarque, eleito com o apoio de Lula e do PT em 2010, publicou em O Globo artigo intitulado “Por que Marina?”, pontuando as razões de seu apoio à candidata.
*por João Marcelo
Seguindo a estrutura de sua argumentação e abandonando os seus elementos difusos, esclareço a seguir a necessidade de reelegermos Dilma Rousseff para aprofundar a revolução democrática iniciada há doze anos.
O modelo de desenvolvimento com inclusão social e crescimento econômico dos últimos doze anos precisa ser aprofundado. Seus pilares, emprego e assistência, significaram um rompimento com o modelo neoliberal que Marina pretende resgatar.
A democracia, limitada por regras eleitorais que privilegiam o poder econômico, não satisfaz e o povo mostrou isso nas ruas. Por isso, Dilma e o PT propõe uma ampla reforma com financiamento público, fortalecimento dos partidos políticos e maior participação das mulheres.
A estabilidade monetária está assegurada: as metas de inflação foram sistematicamente cumpridas, sem comprometer o emprego, a renda e a seguridade social. As transferências de renda emanciparam milhões de brasileiros, saídos da indigência absoluta.
O crescimento econômico brasileiro, em um contexto de crise econômica mundial, foi o 3º maior do mundo em 2013. E por que ela trás confiança e esperança.
Confiança de responsabilidade com a gestão pública e participação popular ao defender um Banco Central subordinado aos governos democraticamente eleitos, e não ao mercado financeiro como propõe aqueles que defendem a autonomia do Banco Central.
Certeza de que não haverá retrocesso nos avanços sociais, com os recursos do Pré-sal destinados à educação e a saúde e a manutenção da política de valorização do salário mínimo.
Esperança da manutenção do diálogo com a sociedade e com os políticos. Um basta as lideranças messiânicas que insistem em ignorar a estrutura política vigente e a garantia do cumprimento da Política Nacional de Participação Social, que prevê diálogo constante com os movimentos sociais e populares.
Esperança na continuidade da construção de mecanismos de emancipação das populações pobres.
A manutenção do regime de pleno emprego, a majoração dos salários, com os jovens ingressando no ensino superior e a realização plena da reforma agrária.
Esperança na possibilidade de continuarmos com o modelo de desenvolvimento que privilegia a dirimação das desigualdades sociais. Um governo que dê um não rotundo ao neoliberalismo segregador, que relega milhões de pessoas a privação de oportunidades.
Convicção de que o vetor central desse tempo em que vivemos será um regime de igualdade de oportunidades, com mais jovens ingressando no ensino superior e o sonho do emprego com carteira assinada sendo garantido.
Um governo que mantenha o compromisso assumido por Lula na sua posse: um Brasil altivo, nobre, afirmando-se para o mundo como Nação de todos e todas.
*João Marcelo é estudante de Ciências Sociais na Universidade de Brasília
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