29 de dez. de 2014

EUA decidiram economizar em sua própria agressão

Foto: Flickr.com/ UK Ministry of Defence/cc-by-nc
Barack Obama anunciou o fim da época de operações militares dos EUA em grande escala. Falando diante de milhares de soldados que regressaram do Afeganistão, ele disse o seguinte:
“O nosso país não irá mais utilizar forças terrestres fora dos Estados Unidos”.

À primeira vista, esta declaração parece ser sensacional e finalizar a prática dos EUA de defender seus interesses pela força das armas. Mas não é segredo que os Estados Unidos não alcançaram nenhum dos objetivos declarados durante invasões de outros países. As centenas de bilhões de dólares gastos em realizá-las acabaram por não render.

Além disso, Washington, com suas próprias mãos – para derrubar regimes indesejáveis ou para o confronto tradicional com Moscou – tem, de fato, criado movimentos radicais que agora se tornaram uma dor de cabeça para regiões inteiras.

Muitos peritos acreditam que é impossível lidar com os radicais do Oriente Médio, preocupados com a construção de um califado mundial, sem uma operação terrestre. Mas uma operação terrestre significa grandes quantias e muito sangue, o que Washington não quer mais repetir: para isso podem muito bem ser usados seus aliados que devem provar periodicamente sua lealdade.

No caso da Rússia e da crise ucraniana a Europa já provou essa lealdade em seu próprio detrimento. Agora, também no Oriente Médio os satélites americanos, ao que parece, terão que ser mais ativos enquanto Barack Obama desempenhará pela derradeira vez o papel de pacificador.

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