O oportunista Reguffe cobra o "incobrável"

foto Waldemir Barreto/Agência Senado

Senador eleito por Brasília cobra promessas de campanha de Rollemberg

De Brasília

Joaquim Dantas

Para o Blog do Arretadinho

O senador eleito por Brasília, Reguffe (PDT), cobrou do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, que cumpra as promessas feitas na campanha do ano passado citando, especificamente, três pontos: 

• Fim dos impostos sobre os medicamentos no Distrito Federal, segundo ele isso pode ser feito através do programa Nota Legal, que restituiria ao consumidor em 2016 o valor do imposto referente as compras feitas em 2015. Esse oportunista de plantão tenta subestimar a inteligência do povo. O programa Nota Legal restitui apenas 30% do ISMC embutido preço do medicamento. Ou seja, ele fica com esse discurso hipócrita de zerar os impostos dos medicamentos mas sugere que seja feito de uma forma diferente.

Leia também`

GDF admite tratamento inadequado para sífilis

Grupo blinda agente público contra críticas

Denúncia: GDF desvia terceirizados de função

• Reguffe cobrou também a redução de 60% dos cargos comissionados no DF. O senador afirmou que Rollemberg só diminuiu 15%. Mais uma vez ele se faz de dissimulado. A Administração do Núcleo Bandeirantes, por exemplo, está forçando os funcionários da limpeza terceirizados a realizar, além de suas atribuições na administração, trabalhos externos fora do seu local de trabalho e a realizar tarefas pelas quais não foram contratados, devido a falta de servidores comissionados para a realização dessas tarefas.

• Outro compromisso de Rollemberg, segundo o senador, era não aumentar impostos acima da inflação, mas o governador mandou à Câmara Legislativa projeto para aumentar em 100% o IPTU no DF, de maneira escalonada (20% ao ano). A aprovação do projeto de lei nº 142/2015, do Executivo, que prevê o aumento das alíquotas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), do Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI) e do ICMS sobre combustíveis, ou seja, o pacote fiscal do GDF, voltou a ser tema de pronunciamentos no plenário da Câmara Legislativa. O deputado Chico Vigilante (PT), que votou contra o PL, foi o primeiro a levantar a discussão, criticando a aprovação da matéria e apontando como um "pedacinho da maldade" o aumento do ITBI de 2% para 3% (50% a mais). A questão é que a suposta crise financeira que o GDF diz ter assumido, foi só um motivo para aumentar os impostos, se não fosse isso, eles aumentariam de qualquer forma, por que essa é uma prática normal na política neoliberal.

Os argumentos logicamente inconsistentes desse senador comprovam que ele nunca colaborou com nada para o bem da população do DF, ele joga palavras ao vento para colher apoio dos desavisados.