12 de mai. de 2015

Exposição - IYás e Iyáwos- Mães e filhas de Asé

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Sementa Cia de Teatro promove exposição e oficina de fotografia no Gama

Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

O premiado diretor de teatro Valdeci Moreira, idealizador e coordenador do Semente Cia de Teatro, vai promover uma oficina e uma exposição de fotografias com o renomado fotógrafo Luiz Alves, no Espaço Semente. Por e-mail, Valdeci informou que a oficina de fotografia se dará nos dias 16 e 17 de maio das 9h às 12h. Quem quiser participar deverá fazer um investimento de R$ 50,00. Já a exposição acontecerá de 13 à 17 de maio, das 12h às 19h, com entrada franca.

Exposição - IYás e Iyáwos- Mães e filhas de Asé
Em sua exposição, IYás e Iyáwos- Mães e filhas de Asé, o fotógrafo Luiz Alves faz um retrato do cotidiano das mulheres nos terreiros de candomblé e umbanda de Brasília e Territórios.

O uso da fotografia como ferramenta de luta contra a intolerância religiosa e racial é o lema do fotógrafo Luiz Alves, que há 26 anos documenta os costumes e tradições das religiões de matriz africana do DF e entorno.

Luiz Alves tenta transformar a fotografia em instrumento de luta contra a intolerância religiosa e o racismo, traduzindo em imagens, o sentimento de luta de um povo que é um dos pilares da formação da nação brasileira.

“Não é um dogma que nos coloca ou não ao lado de Deus, mas, nossas ações e o nosso comprometimento com a sociedade e com a comunidade em que vivemos”, declarou Luiz Alves.
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Sobre o autor
José Luiz do Nascimento Alves (Ògan Luiz Faregy Alves), nasceu em Resende, Estado do Rio de Janeiro. Desde muito jovem se interessou pela fotografia, arte essa que permitiu que conhecesse seu pai, que morrera quando o autor tinha seis meses de idade. O fato de, em um pequeno pedaço de papel, registrar a fisionomia de uma pessoa e fazer com que a mesma não caia no esquecimento, o intrigou e o fez de uma maneira autodidata, correr atrás dos conhecimentos sobre as maravilhas da arte fotográfica. 

  Em 1984, trabalhou como fotógrafo do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda – RJ, depois, integrou jornais da região do Sul do Vale do Paraíba, tais como: Jornal A Lira, Jornal Opção e entidades sindicais na cidade do Rio de Janeiro. Em 1990, mudou-se para Brasília para ajudar um amigo na cobertura fotográfica da campanha política do então candidato, Maurício Correa. Após a campanha, deu continuidade ao seu trabalho com entidades sindicais e passou a trabalhar como fotógrafo freelance para diversos jornais e entidades de outros estados do país.

Em Brasília teve a oportunidade de se aprofundar nas técnicas fotográficas, se relacionando com profissionais de renome nacional e internacional, como Ivaldo Cavalcante, por exemplo.  Outro ponto positivo em Brasília, foi poder continuar o engajamento em movimentos sociais e culturais, com o Grupo Àsé  Dudú, chegando a exercer o cargo de presidente. Foi também um dos idealizadores do FOAFRO-DF, sendo hoje seu coordenador. Foi nessa cidade também, que pode fazer seu reencontro espiritual, iniciando-se no Candomblé, sendo confirmado no cargo de Ògan, no ano de 1991. Sua iniciação no candomblé o levou a refletir sobre a falta de registro fotográfico nos terreiros, que possibilitasse a documentação e preservação da religiosidade e sua cultura, onde, segundo ele, pode-se ouvir os dialetos, yorubá, efon e bantú.

 A partir  daí começou a fotografar os terreiros de Brasília, como forma de perpetuar a história da comunidade afro religiosa brasiliense e do entorno. Também tem trabalhos onde utiliza a técnica em 3D, aliando a mesma ao fotojornalismo e a fotografia documental. Já expos seus trabalhos nas galerias: Espaço Salão Cultural Afro N'Zinga, Galeria 508, Câmara dos Deputados, Ministério da Cultura, Casa de Chá – Praça dos Três Poderes, SESC 504 Sul, entre outros.

 Entre os trabalhos realizados por Luiz Alves, está a cobertura dos trabalhos da CPI do Sistema Carcerário, onde pode registrar com suas lentes, a situação por que passam os encarcerados do Brasil, sendo o único profissional que teve acesso à maioria dos presídios federais e estaduais do território nacional. Esteve também em Honduras, acompanhando a Missão Diplomática, que foi àquele país para acompanhar a situação da Embaixada Brasileira, que havia sido ocupada pelo presidente deposto daquele país, Manoel Zelaya.

Serviço
Exposição do fotógrafo Luiz Alves – Iyás e Iyáwos – Mães e filhas de Asé.
Local: Espaço Cultural Semente – Setor Central – entre quadras 52/54- área especial s/n°- projeção 02 – Gama –DF. (ao lado da rodoviária, próximo à biblioteca pública).
Abertura dia 12 de Maio de 2015- Horário: 19h00m.
De 13 a 17 de Maio de 2015 – horário: 12h00m às 19h00m.
Entrada franca
Informações: 061 35560448 e 8415278
Fotos: Luiz Alves
Artes gráficas: Jéssica Ximenes
Produção: Marli Trindade

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