O Sistema S explora os trabalhadores cobrando preços exorbitantes para os cursos que oferece
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
Mesmo recebendo recursos públicos da ordem de R$ 18 bilhões, originados de repasses pelo governo federal de contribuições sociais, o Sistema S tem oferecido poucos cursos gratuitos, desviando-se assim da finalidade original para que foi criado.
Os poucos cursos oferecidos aos trabalhadores pelo Sesc e Senac, por exemplo, são taxados com preços exorbitantes, em face não apenas dos recursos federais recebidos pelas duas entidades, mas pelos recursos recebidos da iniciativa privada e dos próprios trabalhadores.
Todas as entidades do Sistema S foram criadas para oferecer cursos de qualificação profissional gratuitamente, além de oferecer lazer e cultura ao trabalhador, entretanto, mesmo arrecadando bilhões de reais por ano, não cumprem o papel para o qual foram criadas. Portanto, não é justo, não é legal, não é ético e nem moral que se cobre valores exorbitantes a trabalhadores pobres por cursos que deveriam ser oferecidos gratuitamente.
Alguns cursos, tais como o de cabeleireiro, ministrado pelo Senac, custam ao trabalhador o valor de R$ 1.680,00; para fazer o curso de técnico de informática, ministrado pelo Senac no Distrito Federal, o trabalhador tem que desembolsar o valor de R$ 5.240,00; ou ainda para completar o curso de cozinheiro-chefe internacional, ministrado pelo Senac/SP, o candidato terá que desembolsar a bagatela R$ 22.764,00.
Como se não não bastasse esse abuso contra o trabalhador, a falta de transparência nas demonstrações contábeis do Sistema S é outra prática comum dos dirigentes das entidades, segundo denunciou o senador Ataídes Oliveira do Tocantins, recentemente no plenário do senado.
O senador também apelou aos órgãos de fiscalização - Tribunal de Contas da União, Receita Federal e Controladoria Geral da União - para que sejam mais eficazes nas auditorias das entidades do Sistema S. O parlamentar pediu ainda apoio ao senadores para a aprovação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 72/2013, de sua autoria, que propõe mudanças nas regras relacionadas ao Sistema S.
com informações da Agência Senado de Notícias
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