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A venda de imóveis novos na cidade de São Paulo cresceu 141,4% em junho, em comparação a junho do ano passado, com a comercialização de 2.588 unidades novas.
O dado foi divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Segundo o sindicato, a elevação se deu por causa da Copa do Mundo, disputada no ano passado no país. Nesse período, a venda de imóveis caiu muito na cidade. Na comparação com maio, quando foram negociadas 2.149 unidades novas, a alta foi de 20,4%.
Do total de unidades novas comercializadas, mais da metade (57,6% do total ou 1.491 imóveis) era de dois dormitórios, que foram vendidos pelo valor médio de R$ 356 mil. O segmento de três dormitórios representou 20,2% das vendas, com 524 unidades vendidas, seguido pelos imóveis de um quarto (20,1% do total ou 521 unidades) e de quatro ou mais dormitórios (2% do total ou 52 unidades negociadas).
A cidade de São Paulo fechou o mês de junho com 27.448 imóveis disponíveis para vendas, seja na planta, em construção ou prontos [lançados nos últimos 36 meses], o que representou uma redução de 2,4% em comparação com o resultado de maio. Desse total, 2.036 imóveis eram lançamentos, que representou uma queda de 15,3% em relação a maio e de 15,6% em relação a junho do ano passado.
"O mercado imobiliário vem se ajustando aos poucos. Abril e maio apresentaram vendas superiores às do mesmo período do ano passado. Além disso, as vendas acumuladas de janeiro a junho deste ano ficaram muito próximas da quantidade de unidades lançadas. Ou seja, no semestre, foram comercializadas 9.658 unidades e lançadas 9.653 unidades. Isso confirma que o mercado está mais aderente ao consumidor do que em 2014", avaliou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci,.
Mesmo com esse cenário positivo na capital em junho, o Secovi teme que a viabilização de novos projetos habitacionais na cidade seja prejudicada pelo novo Plano Diretor Estratégico de São Paulo, pela perda de atratividade dos recursos da caderneta de poupança e pela “crise institucional que o país atravessa”.
"Não devemos comemorar os resultados de junho, pois a base de comparação para a cidade de São Paulo é fraca e fora da normalidade do mercado. Por isso mesmo, e apesar dos ajustes que o mercado está fazendo, as perspectivas continuam ruins para todos os segmentos econômicos”, disse o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.
Região metropolitana
Nas demais cidades da região metropolitana foram vendidas 957 unidades novas, uma queda de 23,9% em relação ao mês anterior e de 58,4% a junho do ano passado.
Segundo o Secovi, as cidades da região metropolitana não sofreram os reflexos da realização da Copa do Mundo no país. Além disso, a redução pode ser explicada pela queda dos lançamentos em junho.
da Agência Brasil
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