25 de mar. de 2016

Deputada comunista desmente doações da Odebrecht

Manuela D'Ávila, PCdoB/RS
Foto do Facebook
Deputada comunista acusada de receber doações ilegais da Odebrecht, desmente em publicação em rede social

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

A deputada estadual mais votada do RS, com 222.436 votos, Manuela D'Ávila, do PCdoB, desmentiu em seu perfil do Facebook nesta quarta-feira (23), que tenha recebido doações ilegais para a sua campanha da Construtora Odebrecht, que é investigada na Operação Lava Jato.

Confira a nota 

Queridos amigos e amigas, queridos companheiros militantes de meu partido:
Hoje, ao meio dia, tive acesso, a partir das informações publicizadas pelo jornalista do UOL Fernando Rodrigues, que meu nome está incluído em uma planilha apreendida na 23ª fase da operação Lava-Jato. Assim como vocês, fiquei surpresa.

Após imprimir os documentos divulgados pela imprensa, tenho algumas observações a fazer.

Os gaúchos conhecem minha trajetória e sabem que jamais estive envolvida em nenhum ato ilícito.

Além disso, os porto-alegrenses acompanharam minha campanha para prefeita em 2012. Tive uma campanha dura, resultando em mais de 600 mil reais de dívidas na conta nominal de minha candidatura e mais de 150 mil reais em dívidas no comitê financeiro de meu partido. Sou a maior interessada em conhecer esse material divulgado pela imprensa.

Para isso, irei requerer judicialmente acesso à documentação para ter acesso às informações; recebi em todas as minhas campanhas contribuições de empresas, essa era a lei brasileira nas eleições de 2004, 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014.

Todas as doações que recebi foram lícitas, todas as prestações de contas foram aprovadas. Entretanto, NÃO RECEBI DOAÇÃO DE NENHUMA EMPRESA DO GRUPO ODEBRECHT PARA A CANDIDATURA de 2012. Especulo - a partir da impressão que fiz das listas disponibilizadas para a imprensa - que a Odebrecht - munida das pesquisas de opinião - fez projeções de contribuições à minha candidatura a partir de meu favoritismo pré-eleitoral.

Com a queda vertiginosa que tive nas pesquisas (fui derrotada no primeiro turno das eleições), tais doações não aconteceram.

As próprias planilhas - que tive acesso pela imprensa - fornecem informações desencontradas sobre projeções e realizações de contribuições. chegando a constar que nada deveria ser repassado ao meu partido em uma daquelas disponibilizadas pela imprensa. Parece evidente que, se tivesse recebido os valores que constam na lista, o resultado de minha prestação de contas não seria tão negativo.

Sobre o apelido dado na tal planilha, talvez evidencie que os autores dos documentos apreendidos sequer tenham me visto num processo eleitoral duro e estressante quanto o de 2012, ao qual muitas vezes me referi como o pior de minha vida. Estou à disposição de qualquer autoridade para qualquer esclarecimento. Como disse, estou tão surpresa e triste quanto todos e tenho muita pressa em esclarecer.

Obrigada pela confiança e carinho de todos! Sei que todos sabem que eu jamais me envolveria em nenhum escândalo político. Tenho profundo respeito pelo cargo que ocupo, pela história de meu partido e por todos que em mim confiam.

Um beijo e boa luta!

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