9 de jun. de 2016

Por que ainda discutimos sobre condição de gênero?

Se as pessoas sentem prazer das mais diversas formas entre quatro paredes ou só em pensamento, Por que ainda discutimos sobre a condição de gênero?
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Tem gente que se diz hétero mas costuma encontrar-se com outra do mesmo sexo às escondidas, buscando o prazer que foi negado pelos padrões estabelecidos pela sociedade cristã e machista. Entretanto, a sociedade cristã a que me refiro, é aquela que aleija, que quebra a coluna vertebral dos ensinamentos de Cristo, pregando versões conflituosas ou em sofismas.

Acho realmente muito estranhamo, ou na melhor das hipóteses não deveria ser assim, que um filho(a) atualmente tenha tanta dificuldade de contar aos pais que está se relacionado com um(a) igual. Apesar dos meus mais de meio século de vida e de ter sido criado para promover o discurso homofóbico e machista, acredito que deveríamos abolir essas etiquetas que definem a vivencia sexual das pessoas.

Hétero, bi, gay, trans, sapatão, viado e tudo o mais que o valha na verdade, não valem nada, são meras etiquetas, carimbos com pouca tinta e que só prestam serviço à discriminação. Ninguém determina de que forma a pessoa deve sentar-se no vazo sanitário para aliviar-se do seu excesso de líquidos ou de massa alimentar processada. Da mesma forma não deveríamos ser submetidos a padrões de entendimentos, que deveriam ser estritamente de foro íntimo, do que deve ser uma vida sexual "normal".

Convido a todos(as) para que reflitam e encarem o tema, daqui por diante, como exercícios sexuais. Sim, exercícios como os de uma academia qualquer, onde quem se exercita só na esteira não é discriminada por quem só gosta de exercitar-se na bike ou por quem só "puxa ferro" para aumentar a massa muscular ou, ainda, por quem utiliza todos os recursos da academia. Também não tenho notícia de quem só usava a esteira e, de repente, passou a usar outro equipamento.

Esqueça os rótulos, discrimine menos, exercite-se mais.

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