Profissionais do Programa Mais Médicos em Breves, no sudoeste da Ilha de Marajó. Foto: OPAS |
Quase metade dos municípios brasileiros só tem médicos do Mais Médicos. Cerimônia na sexta-feira (22) contou com participação de clínicos cubanos que estão entre os mais de mil médicos que devem chegar ao Brasil até o fim de agosto para substituir os médicos de Cuba que concluem atividades em território brasileiro neste ano.
O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, Joaquín Molina, participou na sexta-feira (22) de uma cerimônia para acolher os novos profissionais do Programa Mais Médicos. Entre eles, estavam os cubanos, que atuam no país por meio de uma parceria entre os governos do Brasil e de Cuba e a agência regional da ONU.
Os clínicos cubanos que participaram do evento fazem parte de um grupo de mais de mil médicos que devem chegar ao Brasil até o fim de agosto. Eles estão providenciando a documentação necessária para, em seguida, serem enviados aos municípios selecionados pelo Ministério da Saúde brasileiro e substituírem profissionais que encerraram sua participação no programa.
Os médicos de Cuba que concluem as atividades entre agosto e outubro deste ano deverão ser substituídos a partir de novembro, depois dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e das eleições municipais.
O calendário foi definido para garantir que a população seja adequadamente atendida durante eventos que mobilizam uma grande quantidade de pessoas. Os que entrariam de férias também deverão adiar os dias de descanso para depois desse período.
“Quando começou o projeto de cooperação, um dos medos era a adaptação dos médicos à nova realidade de trabalho que encontrariam no país, dificuldades com idioma, idiossincrasia, cultura, principalmente em áreas como as indígenas”, explicou Molina.
“Mas vocês conseguiram derrubar esse mito. E os médicos cubanos ganharam rapidamente o apoio da população”, elogiou o dirigente da OPAS no Brasil, que destacou ainda que a iniciativa é o maior programa do organismo regional desenvolvido nas Américas.
Também presente, o ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, lembrou que “quase metade dos municípios do país só tem médicos do Mais Médicos” e que o projeto “é um grande sucesso, de grande aprovação popular”.
Segundo o chefe da pasta federal, a iniciativa tem garantido um atendimento de qualidade na atenção básica — setor onde os profissionais do programa atuam e que é fundamental para a prevenção de doenças e promoção da saúde.
Representando o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o secretário de Saúde do Distrito Federal, Humberto Fonseca, ressaltou que “hoje a atenção primária tem sido uma prioridade do Estado brasileiro em todos os níveis de governo”.
“O Programa Mais Médicos tem sido muito importante para levar saúde aos pontos mais distantes do nosso território, para as áreas mais vulneráveis, onde a população mais precisa”, completou.
do Instituti Lula
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