5 de jan. de 2017

A Rússia reforça suas medidas de segurança

O presidente Vladimir Putin pediu aos serviços de Inteligência russos para reforçar a proteção das suas instituições, tanto no país como no estrangeiro após a morte de seu embaixador em Ancara e a de um alto diplomata em Moscou. 
Medidas excepcionais foram tomadas, nomeadamente, para proteger a conferência de imprensa anual do Presidente Putin, marcada para sexta-feira.

Contrariamente à prática turca, Ancara aceitou que a investigação do assassínio do embaixador russo seja realizada por uma comissão russo-turca. A Rússia despachou imediatamente 18 peritos.

Segundo a imprensa turca, o assassino, Mevlüt Mert Altintas, tinha no decurso dos últimos meses sido incorporado por 8 vezes no serviço de proteção do presidente Erdoğan.

A polícia turca procedeu à interpelação de 13 pessoas próximas do assassino e submeteu-as a interrogatório.

Segundo o Ministro Turco dos Negócios Estrangeiros(Relações Exteriores-br) Mevlüt Çavuşoğlu, a operação teria sido urdida por Fethullah Gulen (pregador islamista e agente da CIA refugiado nos Estados Unidos). No entanto, segundo o Kremlin, ainda é muito cedo para tirar conclusões. O ataque foi ulteriormente reivindicado pelo ramo sírio da Al-Qaida. De acordo com o SITE Intelligence Group, uma lista de alvos diplomáticos russos teria sido difundida pela Al-Qaida.

Nenhuma informação foi divulgada quanto à morte de Peter Polshikov, director do gabinete da América Latina no Ministério Russo dos Negócios Estrangeiros. Continua sem se saber se foi morto ou se suicidou.

A reunião em Moscovo, a 20 de Dezembro, dos Ministros dos Negócios Estrangeiros iraniano, russo e turco foi bem sucedida [1].

O New York Daily News pôs em manchete na capa «Assassinos» no plural, fazendo referência não ao assassino do embaixador, mas aos Presidentes Putin e Assad que acusa de serem responsáveis pelas mortes na Síria. Num editorial, Gersh Kuntzman celebra o assassínio do embaixador que ajudou a «este louco Assad a matar centenas de milhares de civis». O jornalista compara este assassinato ao do embaixador nazi em Paris, em 1938, por um estudante judeu [2]. Este quotidiano, o quarto mais distribuído nos Estados Unidos, é de propriedade do antigo presidente da Conferência de Presidentes das mais importantes organizações judaicas americanas, Mortimer Zuckerman.

Os restos de Andrei Karlov foram repatriados para Moscovo (foto). Terá um funeral de Estado na presença do seu amigo, o Presidente Putin.

Tradução 
Alva em voltairenet.org

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