27 de jan. de 2017

O vídeo que Aécio Neves tenta censurar

Foto Joaquim Dantas/Blog do Arretadinho
Foto Joaquim Dantas/Blog do Arretadinho
Jornalista descreve 3 overdoses de Aécio Neves dentro do Palácio da Liberdade e revela como o tráfico de Nióbio abastece as contas do senador tucano. 
Apesar das provas documentais e do depoimento em uma Comissão da Câmara, mídia não repercute o caso

Um vídeo com o depoimento do jornalista Marco Aurélio Carone sobre graves acusações contra Aécio Neves circula na internet há 2 meses, mas os temas abordados no registro não foram explorados pelos grandes veículos de comunicação do Brasil.

Em sua fala, Marco Aurélio Carone revela à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados quais eram as denúncias que ele pretendia fazer contra o senador mineiro, mas foi censurado.

As denúncias tratam de financiamento ilegal de campanha, esquema na mineração e exportação de Nióbio, uso político da estatal Cemig, overdoses de droga em pleno Palácio da Liberdade e corrupção de Andrea Neves, irmã de Aécio.

Carone discorre ainda sobre a influência de Aécio no Ministério Público e no Judiciário de Minas Gerais e conta como foi preso para não estragar a campanha do senador, que, na época, disputava a Presidência da República contra Dilma Rousseff.

Advogados do senador já tentaram, sem sucesso, impedir a disseminação do vídeo junto ao Youtube e outros canais de reprodução de imagens.

As negativas para tirar o vídeo do ar partem do princípio de que o depoimento foi dado em uma audiência pública de uma Comissão da Câmara.

VÍDEO:



ÍNTEGRA:



Abaixo, confira trecho de notícia publicada no Viomundo no dia do depoimento de Carone na Câmara dos Deputados:

O jornalista Marco Aurélio Carone ficou preso 9 meses e 20 dias em 2014, em Minas Gerais.
Ele é filho de um ex-prefeito de Belo Horizonte que foi aliado de Tancredo Neves.

No Diário de Minas e no Novojornal, este na internet, passou a fazer denúncias contra o grupo político do hoje senador e presidente do PSDB, Aécio Neves.

O jornalista se diz vítima de policiais, procuradores, juízes e desembargadores de Minas, que estariam a serviço de Aécio.

Carone foi solto 5 dias depois da eleição presidencial em que Aécio foi derrotado por Dilma Rousseff.

Foi absolvido no processo que o levou à prisão.

Mas, enquanto esteve na cadeia, não pode fazer as denúncias que pretendia fazer contra o tucano.

Hoje, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Carone contou quais eram: financiamento de campanha via caixa dois, envolvimento de Andrea Neves, esquema na mineração e exportação de nióbio e uso político da estatal Cemig, a Companhia Energética de Minas Gerais, dentre outros.

Também depôs Geraldo Elísio, o jornalista que trabalhava com Carone e sofreu busca e apreensão da polícia civil de Minas Gerais — segundo ele, o objetivo era descobrir as fontes das denúncias.

Num dos trechos de seu depoimento, Elísio disse que o helicóptero apreendido com 450 kg de pasta base em Minas fez pelo menos três pousos em Divinópolis, no interior do Estado, sugerindo assim que o aparelho — de propriedade da Limeira Agropecuária, do senador Zezé Perrella, aliado de Aécio Neves — fazia o vôo regularmente.

por Pragmatismo Político

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