Foto: Antônio Milena/ABr |
Segundo reportagem de agência internacional, a empresa norte-americana teria ficado "animada" com a subida de Temer ao poder no Brasil
por Patricia Faermann no GGN
Jornal GGN - O interesse de compra da empresa brasileira de aviões Embraer pela norte-americana Boeing vai além de derrubar a competição da terceira maior fabricante mundial. A estratégia passa pela influência sobre um setor decisivo da companhia: a Defesa. O GGN já havia antecipado a informação.
Uma fonte consultada por reportagem da Reuters confirma que o interesse da "parceria" com a Embraer, na aquisição da brasileira, é também dominar as áreas de Defesa e serviços mundiais. Como acionista na categoria "golden share", o governo brasileiro, hoje sob o comando de Temer, é quem precisa dar a resposta para o seguimento das negociações.
Por isso, segundo a Reuters, ainda não houve uma oferta formal, mas o objetivo da companhia norte-americana é o de "ir bem além de uma joint venture ou de uma simples injeção de capital", afirmando a fonte consultada pelo jornal: "Uma associação mais ampla seria preferível, mas a Boeing está sensível a preocupações que o governo pode ter quanto a Defesa. Se isso puder ser equacionado, esse acordo pode vingar".
De acordo com apurações feitas pelo GGN junto a interlocutores da companhia, a entrega da fabricante de aviões representa um risco direto não apenas aos negócios estimulados dentro do país, como também a um setor estratégico de Defesa do Brasil, uma vez que é responsável pela fabricação de aeronaves militares.
A publicação da agência de notícias mundial destaca, ainda, que a subida do governo Temer ao Planalto "animou a Boeing". “As empresas estão agora atravessando os temas regulatórios do governo brasileiro. O portfólio de Defesa seria gerenciado de acordo com o governo do Brasil e as discussões gerais e sobre a golden share estão em andamento", teria completado a fonte.
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