Prenderam o Queiroz, mas não a mulher

Por

Helio Fernandes*

Ele estava sendo procurado e não encontrado há mais de 2 anos. Intimado e sem comparecer inúmeras vezes e sem que lhe acontecesse nada. Muito antes da Era Bolsonaro, chegando ao poder com inacreditáveis 57 milhões de votos. Tudo isso desperdiçado,  disparatado, desesperançado. (Mas aí é outra Historia).

Os quase 2 anos em que não foi achado, agora esclarecidos com sua prisão. O caseiro de  onde ele ficou, falou em "mais de um ano". Só que o dono da casa, advogado dele e de Bolsonaro, afirmou, "não sabia que ele  estava lá". Apesar dessa declaração o assunto continua jornalístico. Mas exige a participação da OAB.

Quanto à mulher, cumpriu a palavra. Circularam rumores de que seria presa, garantiu: "Se mandarem me prender, fugirei, não me  encontrarão, não irei para a prisão". Considerada foragida, nem rastros dela. Está coberta de razão. Prisão é horrível mesmo. Posso garantir com meus próprios exemplos. 

PS- Eu já estava em Fernando de Noronha, confinado ou desterrado, quando o senador Alvaro Dias fez discurso sensacional. Assombrou o plenário examinando as minhas 37 prisões. (Fora os desterros  e confinamentos).

PS2. Dormiu comigo na cabana  a sessão inteira. A repercussão interna foi tão grande, que resolveram tomar providências. Votaram a ida de um parlamentar verificar as condições em que eu estava. Liberaram um dos meus advogados. E Carlos Lacerda que estava querendo ir me ver, foi autorizado a viajar.

PS3- Encontrou comigo na cabana onde eu dormia.Viu que eu estava escrevendo, disse logo, "Esse livro é meu. (Nova Fronteira). Não  foi de ninguém, só dos generais torturadores. (Mas isso é outra História). 

HEINTRAUB DEMITIDO DE UM BANCO PARTICULAR

Colegas dele do passado, revelaram: "Trabalharam juntos num Banco, foi demitido por incompetência". Agora foi nomeado diretor do Banco Mundial. Era a única maneira de fugir do STF. Está assustado, investigado, processado por 10 a 1.

Afirmou publicamente: "Vou embora do Brasil, o mais rápido possível".

PS- Pode ser impedido pelo Supremo, por 10 a 1.

O CHEFE DO EXECUTIVO DECLARA GUERRA AO LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO

Pela primeira vez na História, o Presidente pede (e insiste várias vezes) o fechamento do Congresso e do Supremo. E a hostilidade se manifesta de outras formas, apoiando violência de seguidores. Ou provocações e aglomerações.

Chegaram a jogar rojões no prédio do Supremo. (Rodrigo Maia, presidente da Câmara: "ROJÕES sobre o Supremo é inaceitável"). A reação contra Bolsonaro veio de todos os lados. Apesar de arrogante, não suportou a resistência  do STF, localizada por enquanto em posições do ministro Alexandre de Moraes, que está assustando  de verdade.

PS- (Como o ministro tem origem e residência em SP, para onde vai, sempre que possível, mandou três supostos juristas para lá, no que  chamou de "missão de paz". Ele  declarou guerra, agora finge querer paz).

PS2- Além da hostilidade desgastante, mais  um susto para Bolsonaro. O ministro Moraes agora também faz parte do TSE, que vai julgar "se  o mandato de Bolsonaro é legal.

NESTA MADRUGADA COMEÇOU O INVERNO

Mas a temperatura está cada vez mais quente. Atingindo os mais diversos setores. A economia está cada vez mais negativa. Pela incompetência do governo, (desgoverno) e o agravamento do coronavírus, estimulada a mortandade, pela irresponsabilidade do presidente. (Com a sua cumplicidade, somos o segundo do mundo em INFECTADOS).

E novamente o segundo em MORTOS, 50 mil).

PS- A  queda cada vez mais assustadora do PIB.

PS2- E o apogeu da corrupção, envolvendo personagens, nunca dantes imaginados.

O ADVOGADO E O CASEIRO FALARAM SOBRE QUEIROZ. 

É o assunto do dia, e eles personagens importantíssimos para esclarecimento.

O causídico, sem constrangimento: "Nunca falei com Queiroz, que não esteve hospedado no meu sitio".

O caseiro, cheio de conhecimento e credibilidade: "Queiroz esteve hospedado lá, por mais de 1 ano".

PS- Bolsonaro está coberto de razão em revelar que não tem confiança no doutor. Mas só agora?

===========

*Fonte: Blog Oficial do Jornal Tribuna da Imprensa. Matéria pode ser republicada com citação do autor