25 de jun. de 2011

Parada LGBT deve reunir mais de três milhões em São Paulo

No domingo (26) a temperatura cai, pois há previsão de chuva em São Paulo. Mas para quem vai participar da maior Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) do mundo isso não deve ser problema. Três milhões de pessoas são esperadas e boa parte dessa turma já começou a chegar e a movimentar a cidade.


A rede de hotéis comemora: a previsão é que até o domingo, dia da parada LGBT, a ocupação chegue a 100%. “É uma ótima data, ainda mais junto ao feriado de Corpus Christi, que prolonga o fim de semana em toda a cidade de São Paulo”, afirma o gerente-geral de hotel Wilson de Melo Neto.

Mais de três milhões de pessoas são esperadas para o evento. Quinze trios elétricos estão confirmados, vão arrastar e animar a multidão. O tema escolhido para este ano é: ‘Amai-vos uns aos outros! Basta de homofobia’.

“Amai-vos uns aos outros é um apelo para religião. Vamos acabar com essa guerra entre a religião e os direitos humanos”, explica Ideraldo Luiz Beltrame, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo.

A abertura da semana do orgulho LGBT foi na quarta-feira (23), e de um jeito sério: com terno, gravata e palestras na Câmara Municipal de São Paulo. Uma das maiores preocupações é a violência contra os homossexuais.

Segundo um levantamento feito pelo Centro de Combate à Homofobia da prefeitura paulista, nas últimas cinco edições da parada, quase mil pessoas denunciaram algum tipo de violência, inclusive agressão física. Principalmente no fim do evento, quando os participantes voltam para casa.

Há dois anos, uma bomba explodiu no Largo do Arouche e várias pessoas ficaram feridas. Também foram registrados casos de espancamento e um jovem morreu.

“A gente sempre orienta que as pessoas andem em grupo, essas pessoas tentam fazer algum tipo de emboscada. Então procurar os lugares iluminados, os locais onde tem mais gente caminhando para evitar qualquer tipo de problema”, informa Franco Reinaudo, coordenador-geral da Diversidade Sexual de São Paulo.

“Temos que trabalhar no plano de ação dos poderes públicos, por exemplo, com uma boa investigação policial, quando algum tipo de violação, a devida condenação judicial dos infratores, dos agressores, e com debates importantes que permitirão que não só a violência física, mas também o preconceito manifesto contra a comunidade LGBT, também possa sofrer devida identificação e percepção criminal por parte do poder público ”, explica Ramaís de Castro Silveira, secretário executivo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e do Conselho Nacional LGBT.

De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, 1,4 mil policiais militares, outros 120 homens da Tropa de Choque e um helicóptero devem fazer a segurança da parada LGBT.

Fonte: Agência de Notícias Jornal Floripa

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