16 de out. de 2012

367 servidores do GDF recebem Bolsa Família


367 servidores do GDF recebem benefício da Bolsa Família indevidamente

Por Correio Braziliense
Isabela de Oliveira

Uma auditoria realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDEST) junto com a Secretaria de Transparência e Controle (STC) do DF revelou que 367 servidores lotados em todos órgãos do GDF podem estar recebendo recursos do programa Bolsa Família indevidamente. O relatório aponta que mesmo com salários variando de R$ 1,2 mil e R$ 7,4, os funcionários foram contemplados com o benefício exclusivo para famílias com renda per capita de R$ 140 e R$ 360 na esfera federal e local, respectivamente.
Todos os 367 servidores são do GDF, mas nem todos recebem o benefício pelo governo local. Alguns, conforme informou a STC, são cadastrados pelo governo federal, enquanto outros recebem o auxílio de ambas esferas governamentais. Em Brasília, o valor do benefício cedido pelo programa é superior ao resto do país, pois o custo de vida é mais alto.

As secretarias ainda não concluíram se os funcionários realmente cometeram fraude para receber o auxílio. Até então, os dois órgãos investigam a conduta dos servidores das administrações direita e indireta, além da execução de programas sociais na capital. Todos os servidores serão convocados a prestar esclarecimentos à Sedest.
Se comprovada a fraude, o funcionário será expulso do cadastro do programa, além de devolver o dinheiro indébito. Aqueles, como administradores regionais, que utilizaram a influência do cargo para serem beneficiados responderão a processo administrativo. Os processos serão entregues ao Ministério Público do DF, que averiguará se agiram de má fé.
A STC afirma que nem todos casos podem estar relacionados a fraude, pois muitos podem ter se cadastro no programa antes de serem empregados, ou a divisão da renda por todos integrantes da família está conforme a estabelecida pelo regulamento do Bolsa Família. As secretarias estimam um rombo mensal de R$ 34,1 mil aos cofres do GDF e R$ 21,6 aos do Estado caso todos os 367 servidores tenham recebido o benefício indevidamente.

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