20 de mai. de 2013

A PALAVRA AGORA É OCUPAÇÃO!


CAROS ESTUDANTES, ATENÇÃO POR FAVOR. ANÁLISE DE TODO O MOVIMENTO, DO ULTIMO CONSUNI, E RESOLUÇÕES DOS NOVOS ATOS DO MOVIMENTO ‘QUAL O LUGAR DO IDA?’

A PALAVRA AGORA É OCUPAÇÃO!

Como sabem, ontem nosso prédio foi colocado em pauta no CONSUNI. Mobilizamos os estudantes e mais uma vez comparecemos ao conselho, provando que essa é uma causa nossa e que não vamos desistir. O que estava combinado com o reitor, diretores e conselheiros é de que seria apresentado a analise final do CEPLAN, mostrando o histórico das discussões e as conclusões finais que levam a tais resoluções. Infelizmente, uma serie de empecilhos fizeram com que nossa pauta demorasse a ser discutida e abordada muito mal, pela nossa avaliação. No momento em que iria por em pauta, um representante do CEPLAN não se encontrava presente, portanto tivemos que passar para o próximo ponto. Este, se referia a um assunto relevante aos conselheiros e diretores, necessitando de debates e discussões dos mesmos. Assim, ficamos mais de horas no mesmo ponto de pauta, com vários professores falando mais de uma vez e com tempo de falas estendidos. Nesse tempo, vários companheiros tinham aula, e já não podiam mais ficar lá. Com a tarde resumida ao ponto de pauta de interesse deles, o numero de estudantes presentes foi diminuindo. Era quase seis horas quando o prédio do Ida foi posto em pauta, após uma votação para que o outro tema não fosse mais discutido naquele conselho. 
Era tarde, foi desgastante, todos estavam exaustos. A energia estudantil já não era mais a mesma. Alguns quase desistiram. O CEPLAN apresentou o quadro dos prédios, onde deixou explicito que não há motivo para o IF querer o SS-12 e não o SS-10. Abriram as falas, o reitor pediu para que fossem rápidas para acabar logo com aquela sessão. O DCE foi o primeiro a se manifestar a favor da área para a Arte. Assim que passou sua fala para uma representante do Conselho de Estudantes do Ida e de um dos Centros Acadêmicos de Artes, o reitor já manifestou, por gestos, reclusa. Mesmo assim, a fala foi passada. Dessa vez, a fala foi objetiva, levantando dados, provando que nosso departamento tem pesquisa, é academia, é nosso trabalho e deve ser respeitado. Falamos que a nossa causa é simples: estudante querendo estudar e não tendo condições de fazer isso, e isso não pode ser admitido. Lembramos, mais uma vez, as condições dos nossos departamentos, citando a situação dos ateliês, teatro e salas. E dissemos que, mesmo com tudo isso, continuamos trabalhando, basta olhar para as listas de bienal, atores brasilienses pelo mundo e as orquestras nacionais. Analisamos os dados, ressaltando que não há motivos para a física insistir tanto com o espaço. Mas, apesar da nossa posição firme de estudantes, infelizmente, o conselho Maximo da universidade deixou a desejar. A tristeza que sentimos ao tentar fortalecer o movimento estudantil e sentir a reclusão de conselheiros, fez com que percebêssemos a gravidade do problema. A verdade é que aquele ponto de pauta era apenas um relance para eles. Para nós, todo um futuro. E vimos ele ser tratado com ‘rapidez e praticidade, pois o tempo era curto’. A cada fala, uma pressão para que se encerrasse. A União Nacional dos Estudantes estava presente, e nem isso foi respeitado. Reitor, não era hora para manter firmeza em 3 minutos de fala, quando estudantes passaram a tarde esperando 10 minutos a vários conselheiros! É preciso deixar claro que essa é uma questão mais que importante ao nosso trabalho! Burburinhos aconteciam enquanto nos manifestávamos, o ambiente estava tomado. Não vimos respeito, aquele conselho que se diz ser superior na universidade, mostrou que as coisas não estão assim por coincidência. Quando a pauta é direta a nós, devemos ser breves, pois já é tarde...A atmosfera tomada, falas equivocadas, insultos a nossa condição precária no instituto. A conclusão foi a de que estamos comprando brigas, queremos um prédio por luxo, a diretoria não respeita decisões da reitoria.Mas nós sabemos que tudo isso é mentira! E mostramos com nosso corpo que a questão do nosso prédio é primordial!
Percebemos então que nosso problema é muito maior. Percebemos que os olhos da universidade estão ainda fechados, e nosso dever agora é abri-los! Teremos que aumentar nosso ritmo de manifestações, mostrar-se rígidos, mais sérios do que nunca, pois não vamos deixar que novamente outros institutos levantem a mão no consuni e digam ‘se for assim, também precisamos de um prédio novo’. Tentamos todos os passos de uma conquista: conversas individuais com a reitoria, com decanas, diversas com o próprio instituto, com ceplan, com física, com tudo e todos. Usamos braços. Escrevemos, questionamos, nos juntamos. Manifestamos. Fizemos Arte para a Arte. Fomos a debates com temática de excelência acadêmica. Levamos os estudantes ao conselho que seria discutido assunto de interesse máximo. E fomos deixados a escanteio. Eles ainda querem saber porque queremos um prédio. Isso prova que nunca nem se preocuparam em ir ao nosso instituto.
A palavra agora é Ocupação! Eu quero Arte, eu quero educação, eu quero arte pra fazer revolução! Fizemos tudo que poderíamos fazer, teremos que ir ao plano C. Vamos ocupar a área. Eles não querem nos dar, vamos ocupar então, e queremos ver quando irão tirar os estudantes da área que foi prometida a eles. Vamos ver se continuarão tratando como escanteio estudantes ocupando a própria área. Pensamos em ocupar o terreno do beijodromo, pois fica entre a reitoria e o SS-12, e é um dos motivos para a aprovação do terreno às Artes. 
Terça feira, as 16h, começaremos um marco na historia da Universidade de Brasilia e das Artes. Por favor, compareçam! Precisamos de estudantes! Levem barracas, vamos nos organizar para ficar o mais tempo possível. A área é nossa! Chamemos mídia, ocupemos, tudo vale para conquistar o que é nosso. Vamos viver em barracas e com fogueiras. Tragam violões, seus materiais, pois nossa arte não pode morrer. A questão é seria, agora é ocupa e resiste. Teremos que tomar essa decisão, ou vamos assistir mais uma vez nossa pauta sendo adiada. 
Contamos com todos com suas barracas na terça, a partir das 16h, no gramado em frente ao beijódromo. Artistas da nossa cidade, vamos mostrar, de uma vez por toda, que nossa arte tem que ser respeitada! Eu quero Arte, eu quero educação, eu quero arte pra fazer revolução!

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