13 de jan. de 2014

As verdadeiras histórias dos contos de fadas

As verdadeiras histórias dos contos de fadas
Quando falamos em Contos de Fadas, o que vem em nossa mente? Tudo começa com "Era uma vez" e termina com "E eles foram felizes para sempre...". É o que nossas mães nos contavam antes de irmos dormir (ou não). Essas historinhas fizeram parte da infância de muita gente, nos trazendo lições de coragem, amor e amizade. 

Havia sempre uma princesa, que sofria nas mãos de uma madrasta má, porém, ela era salva por um belo príncipe, que matava o vilão e vivia feliz para sempre com sua amada. Mas e se eu vos disser que isto tudo não passa de uma grande mentira? Cinderela não era tão inocente e a Chapeuzinho Vermelho, nem tão santinha. Isso mesmo, muitos dos mais populares contos infantis, como Branca de Neve e Chapeuzinho Vermelho, tiveram seus primeiros relatos ainda na Idade Média e eram banhados em sangue, sexo e violência, bem diferente daquelas lindas e românticas adaptações feitas pela Disney.
Chapeuzinho Vermelho

Numa versão francesa da história, após interrogar Chapeuzinho na floresta e pegar um atalho para a casa da vovó, o lobo mata e esquarteja a velhinha sem dó. A coisa piora quando o vilão, já fingindo ser a vovó, oferece a carne e o sangue da vítima, como se fosse vinho, para matar a fome da netinha - que come e bebe com gosto!

Após encher o bucho e praticar canibalismo sem saber, Chapeuzinho ainda tira a roupa e joga no fogo, a pedido do lobão! O clima, porém, não é nada infantil, com a garota perguntando o que fazer com a roupa a cada peça tirada. O lobo só tinha uma resposta: "Jogue no fogo, minha criança. Você não vai mais precisar disso...".
Ao se deitar ao lado do lobo, já totalmente nua, Chapeuzinho começa a reparar no físico do vilão, como se desconfiasse de algo. Admirada, a menina começa a exclamar: "como você é peluda, vovó", "que ombros largos você tem" e "que bocão você tem", entre outros elogios à anatomia do bichão...

Agora vamos aos finais:

FINAL FELIZ
Ao fim da versão francesa, Chapeuzinho, sentindo-se ameaçada, pede para ir ao banheiro (que naquele tempo, ficava do lado de fora da casa). O lobo, nojentão, insiste para que ela faça xixi na cama mesmo - urg! -, mas acaba deixando a menina sair. Esperta, Chapeuzinho aproveita o vacilo do vilão e escapa.

FINAL SANGRENTO
O francês Charles Perrault foi o primeiro a pôr muitos contos de fadas no papel, no século 17. Ele tornou o final da história mais sangrento - com o lobo jantando a mocinha - e introduziu a famosa moral da história, dizendo que "crianças não devem falar com estranhos para não virar comida de lobo".

FINAL AMENIZADO
No século 19, os irmãos alemães Jacob e Wilhelm Grimm - famosos compiladores de contos que até então só eram transmitidos oralmente -, inventaram a figura do caçador. No fim da história, ele aparece e salva a pele de Chapeuzinho e da vovó, abrindo a barriga do lobo com um facão.

Bela Adormecida
Ao mexer num tear, uma farpa entra sob a unha de Tália, provocando sono imediato - maldição prevista desde sua infância. Desconsolado, o pai abandona a casa, largando a filha adormecida sozinha.

Numa caçada, o príncipe, que já era casado, avista Tália e se encanta por ela e, antes de partir, transa com a moça apagada! Ela ainda engravida de gêmeos. Um dia eles nasceram e, ao tentar mamar, um deles chupa o dedo da mãe e retira a farpa, despertando-a.
Ao voltar para mais uma de suas "visitas", o príncipe, que não era assim tão "encantado", se depara com a bela não mais adormecida e com dois filhos. Ele passa, então, a esticar as caçadas para manter a vida dupla. A esposa desconfia e põe um espião na cola do marido.

O príncipe esconde as crianças e abre o jogo com Bela - que a esposa do príncipe estava a fim de devorar. Ao ouvir o choro das crianças, a mulher do príncipe descobre o engodo e resolve devorar todo mundo.
Furiosa com o marido por assumir Bela como esposa, a ex do príncipe aproveita a sua ausência e ordena ao cozinheiro que faça para ela um rango com a carne dos filhos de Tália. Mas no último instante, o príncipe aparece e a bruxa de sua ex mulher se assusta e cai dentro do caldeirão fervente que estava pronto para cozinhar as crianças.

Agora a vilã é a mãe do rei. A sogra de Bela, uma ogra (é este mesmo o feminino de ogro?) faminta por crianças! Não à toa, o rei não conta nada à megera sobre seus netinhos. Mas em outra versão a ogra come os netos e a nora, o príncipe, ao perceber que estava viúvo, mata a própria mãe e FIM! Belo final, não?


Cinderela
Na versão de Giambattista Basile, chamada A Gata Borralheira, Cinderela une forças com outra empregada para matar a madrasta. Um dia, quando a megera pega roupas num baú, a moça lhe fecha a tampa na cabeça.
Os irmãos Grimm botam mais sangue no miolo da história. Quando o príncipe visita as casas para identificar o pé de sua amada, as irmãs malvadas de Cinderela se mutilam, cortando dedos e calcanhares para fazer seu pé caber no sapato e enganar o príncipe. Mas ela são desmascaradas pelos pássaros amigos da Cinderela, que mostram ao príncipe o sangue escorrendo pelo sapato, e depois, como vingança, arrancam os olhos das duas irmãs e da madrasta, que terminam suas vidas cegas e mancas.


Branca de Neve
Na primeira versão dos Grimm, de 1810, é a própria mãe, e não a madrasta da Branca de Neve que pira no espelho querendo ser a mais bela do reino. Invejosa por perder o posto, planeja dar um sumiço na filhinha de apenas 7 anos.

A rainha manda um caçador matar Branca de Neve na floresta, trazendo o fígado e um pulmão como prova do serviço. Ele engana a rainha com carne de javali, que a mãe come achando ser da filha.
Após ter o plano frustrado, a rainha é condenada, no meio da festa de casamento de Branca com o príncipe. Como pena, a ex-poderosa tem que dançar até a morte calçando sapatos de ferro em brasa!

A Pequena Sereia
No original, a Bruxa do Mar corta a língua de Ariel, que perde a voz. Além disso, a sereia tem a cauda rasgada em duas para conseguir ter pernas e conquistar o coração do seu amado príncipe humano. Apesar de ter conseguido as pernas, ela iria sentir como se estivesse andando sobre facas afiadíssimas, o que lhe causava terríveis dores a cada passo.
Na insistência para que Ariel voltasse a ser sereia, suas irmãs invejosas chegam a arrancar os cabelos - literalmente! O objetivo era oferecer as madeixas para que a bruxa do mar rompesse o encanto. A bruxa, traindo Ariel, assim fez.

Ariel volta a ser sereia e o príncipe a abandona, trocando-a por outra. As suas irmãs aparecem com uma faca de prata que a Bruxa do Mar lhes deu em troca dos seus longos cabelos. Se a Pequena Sereia esfaquear o príncipe com a faca e deixar o sangue dele cair sob os seus pés, ela iria voltar a ser uma sereia e o seu sofrimento iria acabar, mas Ariel não teve coragem para esfaquea-lo e decidi se matar, atirando-se no mar e dissolvendo-se em espuma.

João e Maria
Com a família assombrada pela fome, a mãe instiga o marido a levar os filhos para a floresta. A ideia é largá-los por lá, ficando com menos bocas para alimentar em casa. O pai hesita, mas acaba cedendo.
Só que João e Maria ouvem a tramoia dos pais e espalham migalhas pela estrada, conseguindo voltar para casa. Mas eles se perdem, pois os pássaros comem as migalhas de pão que marcavam o caminho.

Na mata, os pequenos acham uma casa toda feita de comida. A bruxa já lambia os beiços pensando em jantar as crianças. Ela manda Maria ajudar João a entrar dentro do caldeirão fervente, mas Maria finge não conseguir e a bruxa vai mostrar como se faz, Maria aproveita e empurra a vilã para o caldeirão, mata a megera, e os dois ainda saqueiam a casa antes de sair!

Os Três Porquinhos
Na história verdadeira os dois primeiros rabicós não conseguem fugir depois de ter a casa destruída e são engolidos pelo lobo. Só que o lobo não consegue enganar o terceiro porquinho e nem derrubar a casa dele. Irado, acaba se enfiando na chaminé, o porquinho percebe e põe um caldeirão fervente na lareira, onde o lobo acaba caindo e vira a janta do porco.

O Flautista de Hamelin
Nessa historia, um tocador de flautas mágico é contratado por uma cidade para livra-la de uma infestação de ratos. Ele cumpre seu papel, mas quando volta para receber seu tão suado dinheirinho, a cidade se recusa a pagar. Daí, como vingança, ele usa os poderes de sua flauta para raptar todas as crianças da cidade e só as devolve após receber seu pagamento.

Mas, o conto original não é bem assim, nele, o encantador resolve dar o troco, pagando com a mesma moeda, e não devolve as crianças mesmo depois de receber sua recompensa. Na verdade ele faz com que elas todas se afoguem num rio. E, em algumas versões ainda mais antigas, há referencias a pedofilia em massa dentro de uma caverna escura.

fonte http://www.cannaclub.com.br/

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