27 de jun. de 2014

Belgas se reúnem na embaixada para vibrar

Belgas se reúnem na embaixada para vibrar com os diabos vermelhos
O jogo que manteve a Bélgica em primeiro lugar no seu grupo, após vencer a Coreia por 1 x 0 hoje (26), foi também motivo de confraternização da comunidade belga na embaixada do país, em Brasília. Mesmo sem a presença do embaixador - que se reuniu com o cônsul-geral e o prefeito de Bruxelas, em São Paulo, e assistiu a partida no Estádio Itaquerão - cerca de 180 compatriotas se encontraram para torcer juntos.
“Para muitos belgas, que deixaram a Bélgica há muito tempo e nem sempre têm chance de voltar ao país, é uma oportunidade de viver esse sentimento de nacionalidade”, analisou o conselheiro de Assuntos Políticos da Embaixada, Kris Lapiere.

Segundo ele, poucas coisas oferecem essa oportunidade tão bem quanto o esporte. Além disso, a torcida vestida de vermelho, amarelo e preto, e unida em torno dos "diabos vermelhos", como são chamadosos jogadores da seleção belga, é uma forma de “estreitar laços”, na opinião de Lapiere. Brasileiros que se relacionam com a comunidade belga também foram convidados para acompanhar o jogo na embaixada.

Dentre eles a família da funcionária da embaixada Manuela Alves, que é belga mas mora no Brasil há nove anos. Filha de mãe belga e pai português, ela é casada com brasileiro e levou todos para torcer pelos "diabos vermelhos". “Esses momentos unem os belgas”, disse.

“Mesmo estando longe do país, nós torcemos. Fazia muito tempo que a Bélgica não participava de uma Copa do Mundo, e a gente fica muito feliz de torcer e vê-los ganhando”, completa, satisfeita com a vitória e a classificação para a próxima fase, em primeiro lugar no grupo.

Na casa de brasileiros casados com belgas já se sabe o que fazer se as duas equipes se encontrarem em algum jogo daqui por diante: dividir os espaços entre as duas torcidas. É o que fez a brasileira Alzima Bernardes de Wispelaere, na última vez que as duas seleções se encontraram em uma Copa do Mundo. “Numa sala era torcida da Bélgica,  na outra a torcida brasileira”, conta.

Alzima é casada há 40 anos com o produtor rural belga Jeroom de Wispelaere, que vive no Brasil desde 1970, quando veio logo após se formar em agronomia, no país de origem, e comprou terras para começar a produzir no Cerrado brasileiro.

Hoje, naturalizado brasileiro e fortemente interessado pelo desenvolvimento do país, Jeroom desmente a esposa e jura que torce para o Brasil na Copa. “É pelo meu irmão que eu estou aqui [assistindo ao jogo na embaixada]. Eu sabia que a Bélgica tinha um time bom, mas eu torço para o Brasil”, garante.

da Agência Brasil

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