25 de nov. de 2014

Como surgiu a Companhia de Eletricidade de Brasília - CEB

Histórico da CEB
O "Grupo Empresarial CEB" tem como controladora a Companhia Energética de Brasília - CEB, cuja origem é a Companhia de Eletricidade de Brasília - CEB, oriunda do Departamento de Força e Luz da Novacap, criada em 16 de dezembro de 1968.
Com o investimento em novos negócios a partir de 1992, a CEB passou à denominação Companhia Energética de Brasília, obtendo concessão de gás canalizado em 1993 e para participar de consórcios de aproveitamento hidrelétrico, a partir de 1994.

 Em 2006, em atendimento ao disposto na Lei nº 10.848 de 15/03/2004 e à Resolução Autorizativa nº 318/Aneel de 14/01/2005, a CEB foi submetida a uma reestruturação societária, passando, respectivamente, as concessões de distribuição de energia elétrica no Distrito Federal, de geração das Usinas do Paranoá, Termoelétricas de Brasília e de geração da Usina de Queimado (parte da CEB no Consórcio Cemig/CEB) para as empresas CEB Distribuição S.A., CEB Geração S.A. e CEB Participações S.A. - CEBPar.

A construção de Brasília
Quando Juscelino Kubitschek decidiu construir Brasília, encontrou logo um sério problema: como suprir de energia elétrica da região que abrigava a nova Capital Federal?

Para se ter uma ideia, não existia nenhuma fonte de geração de energia elétrica nas proximidades. Isso sem falar que o prazo imposto pela data fixada para a inauguração da nova cidade - 21 de abril de 1960 - era relativamente curto para se instalar uma fonte de energia local, em caráter definitivo.

A alternativa existente era o aproveitamento da energia da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Dourada, que ainda estava sendo construída na divisa dos Estados de MG e GO, distante quase 400 km de Brasília. Mas só a partir de agosto de 1959 é que a Capital começou a receber energia elétrica desta usina, de 10.000 kW e a partir daí foram implantadas as primeiras redes elétricas definitivas, com circuitos aéreos e subterrâneos.

Suprimento Provisório - Antes disso, o suprimento provisório foi feito através de medidas emergenciais, como a aquisição de dois motores diesel-elétricos de 90 kVA cada; a construção de uma pequena usina hidráulica no Catetinho (para abastecer a primeira residência do Presidente no Planalto Central), e outras, em 1958, a de Saia Velha para energizar os escritórios, oficinas, serrarias, olaria, aeroporto e residências da NOVACAP e da Granja do Ipê . 

Outra usina começou a ser construída, a do Paranoá, mas que só ficaria pronta em 1962.

A NOVACAP, por meio do Departamento da Força e Luz-DFL, foi o órgão responsável pelos serviços de eletricidade no Distrito Federal, no final da década de 50 e início dos anos 60.

O DFL
O Ministério de Minas e Energia determinou que outras empresas do setor elétrico - Centrais Elétricas de Minas Gerais S/A , Centrais Elétricas de Goiás S/A e Companhia Paulista de Força e Luz dessem suprimento a nova capital.

Antes disso, o suprimento provisório foi feito através de medidas emergenciais, como a aquisição, em 1956, de dois motores diesel-elétricos, de 90 kVA cada; a construção em 1957, de uma pequena usina hidráulica no Catetinho, de 10 HP (para abastecer a primeira residência do Presidente no Planalto Central), e outras duas em 1958, em Saia Velha de 400 kVA (para energizar os escritórios, oficinas, serrarias, olaria, aeroporto e residências da NOVACAP e a Usina da Granla do Ipe, de 25 HP. Em 1962, foi construída a Usina Térmica, de 10 kW, e montada a Usina Diesel - Elétrica, de 5.700 kW, posteriormente começou a ser construída a Usina do Paranoá, de 17.000 kW, que ficaria pronta neste mesmo ano.

A criação da CEB
Brasília já tinha sete anos e os moradores da capital ainda sofriam com o racionamento de energia. Para resolver esse problema, o Ministério de Minas e Energia criou, em 1967, um Grupo de Trabalho e algumas medidas fundamentais foram criadas. Uma delas foi a assinatura do ato de constituição da Companhia de Eletricidade de Brasília - CEB, no dia 16 de dezembro de 1968. 

Com isso, o DFL da NOVACAP foi substituído pela Companhia, uma Empresa de Economia Mista, com mais autonomia e flexibilidade administrativa. Quanto à área técnica, o serviço da CEB limitou-se à expansão e melhoria das redes de distribuição.

Os anos 70
A década de 70 começou com a implantação das medidas recomendadas pelo Grupo de Trabalho. Foi assinado um acordo de investimento e de compra e vendas de energia elétrica entre Furnas, Centrais Elétricas de Goiás S/A e a CEB, com interferência da Eletrobrás, para suprimento de energia elétrica em grosso ao DF. Furnas ficou responsável pelo abastecimento de energia, cumprindo empreendimento para construção de linhas de transmissão e de subestações, além de usinas hidroelétricas. Nesse acordo, à CEB caberia planejar e executar a solução definitiva do suprimento de energia.

Em 29/03/71, foi criado Fundo de Auxilio aos Empregados da CEB, originando a FACEB - Fundação de Assistência dos Empregados da CEB, começando a sua instalação em 14 de junho de 1976, a fundação tem por finalidade, instituir e administrar planos privados de concessão de benefícios complementares ou assemelhadas aos da Previdência Social, aos empregados da CEB, da FACEB  e aos seus dependentes. 

O funcionamento do Centro de Operação do Sistema- COS teve o seu início no ano de 1976, com finalidade de supervisionar a rede elétrica de Brasília, através de computadores.

De 1975 a 1977 a CEB foi considerada, como a empresa mais rentável do Setor Elétrico brasileiro, considerado o índice de lucro líquido sobre patrimônio líquido.

A Companhia através do convênio assinado com o INCRA, deu início ao programa de eletrificação rural. No ano seguinte, todas as cidades satélites receberam ligação definitiva.

Em 1978 a CEB finalizou um Plano Bienal de iluminação Pública, atingindo a marca de 50 mil pontos de luz em todo o DF. No final dos anos 70 a empresa alcançou a marca de 200 mil consumidores.  

Os anos 80
Nos anos 80 a CEB investiu pesado em subestações de transmissão. Duas foram ampliadas - a de Taguatinga e a de Brasília Norte e, até o final da década, seriam construídas mais doze.
Outra linha de investimento foi no atendimento ao público. Com esse projeto, os clientes passaram a poder apresentar sugestões, apontar irregularidades e solicitar informações.

Em 30 de abril de 1982, teve início a criação da ASCEB- Associação dos Empregados da CEB, com o objetivo de promover o bem-estar dos empregados associados, através de atividades sociais, culturais, recreativas e esportivas.

Em 1984 foi a vez do STIU- Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas, nas Atividades de Meio Ambiente e nos Entes de Fiscalização e Regulação dos Serviços de Energia Elétrica, Saneamento, Gás e Meio Ambiente no Distrito Federal, que é o órgão classista, de massa, autônomo e democrático, constituído para fins de estudo, organização, coordenação, proteção, representação legal, defesa dos direitos e interesses coletivos e individuais da classe trabalhadora da área.

Em 1987 a CEB começou a desenvolver o projeto na área de economia e conservação de energia elétrica, como os projetos PROCEL nas escolas, diagnóstico energético e substituição de lâmpadas incandescentes por vapor de mercúrio e vapor de sódio no sistema de iluminação pública.

Os anos 90
Na década de 90 as ações da CEB foram marcadas pela execução de obras de grande alcance social, como a implantação de infra-estrutura de energia elétrica nos novos assentamentos urbanos criados no Distrito Federal.

Em 1991, foi lançado o Projeto Cliente, que objetivava melhorar os anseios dos consumidores. Neste ano foi ampliado o Ligue CEB 120. Outra linha de frente importante foi a instalação de novos pontos de iluminação pública. Nos últimos oito anos a CEB instalou mais de 60 mil novos pontos de iluminação no DF. Foi lançado o Programa Alumiar, com previsão de instalação de energia elétrica em 3 mil unidades consumidoras rurais.

Em 1993, a história da empresa registra um fato de grande relevância: passando de Companhia de Eletricidade de Brasília; para COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASILIA, a CEB ampliou seus mercados de atuação; além de continuar sendo a distribuidora oficial de eletricidade do DF, assumiu, também, a permissão para distribuição do gás canalizado e outras fontes de energia na região.

O Espaço Memória da CEB foi criado em 15 de dezembro de 1994, tendo como objetivo o resgate, preservação e divulgação da história da CEB e da eletricidade do Distrito Federal. O espaço busca também esclarecer aos visitantes os conhecimentos básicos de eletricidade, desde a geração, transmissão até a distribuição de energia elétrica.

Em maio de 1995, a CEB criou a Ouvidoria Interna com os objetivos básicos de: valorizar os empregados, buscar a melhoria dos processos internos e ganhar experiência para atender melhor o cliente externo. Neste ano, numa nova etapa, o Programa Alumiar 2 levou energia a mais 2,5 mil propriedades.

1996 - Os monumentos de Brasília ganham nova iluminação, tornando-se vista obrigatória para os moradores e visitantes. O espetáculo da esplanada iluminada foi produzido em conjunto pela NOVACAP, pela Eletrobrás em convênio com a CEB.

Em 1997 a CEB investiu na área de transmissão, construindo mais três subestações: uma no Paranoá, outra em Santa Maria e outra em Águas Claras. Neste ano a Ouvidoria Interna da CEB, foi transformada em Ouvidoria Geral da CEB (ouvidoria@ceb.com.br), um canal de comunicação permanente com os públicos internos e externos, sobretudo uma defensora do cliente;destacamos que foi a primeira Ouvidoria a ser criada dentro do complexo do GDF. 

A CEB estrategicamente começou a investir em novos negócios, como Telecomunicações, Transmissão de Dados, Serviço de Consultoria e Produção de Energético e ainda, autorização da subsidiária integral, a CEB Participações SA - CEBPar, através da Lei Distrital nº 1788 de 27/11/1997.Também neste ano, a CEB, obteve a concessão para construção de duas usinas hidrelétricas , em parceria com outras empresas: Queimado, em MG; e Lajeado, em TO, visando diminuir sua dependência com relação a Furnas e Itaipu.

A CEB assinou, em agosto de 1999, com a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, contratos de concessão de energia elétrica, com vigência até 2015, para exploração do potencial de energia hidráulica da UHE Paranoá, e, até 2015, para geração termelétrica da UTE Brasília. Nesse mesmo ano foi autorizada à empresa a participação nos serviços de telecomunicações, transmissão de dados e prestação de serviços de consultoria, através da lei 1.787, de 27/11/97. Foi criada a CEB Lajeado SA - CEB Lajeado, através da Lei Distrital nº 2515, em 31/12/1999. 

A CEB, no final da década de 90, fez um convênio com a CELG para construção de um gasoduto para Brasília, também elaborou a proposta de construção de uma Termelétrica no Distrito Federal. Com este empreendimento, a empresa estará dando um salto fenomenal em sua capacidade de produção própria de energia. 

Ainda foi assinado protocolo de intenções entre o Distrito Federal, o estado do Goiás e a Petrobrás, com a interveniência da Eletrobrás, objetivando estudos de viabilidade técnico-econômica da oferta de gás natural e instalação de usinas para atender o mercado do Centro-Oeste.

A década de 90 foi marcada pela coleção de prêmios conquistados pela CEB,

Em 1992, a empresa conquistou o título OPERÁRIO BRASIL- concurso promovido pela Rede Globo e o SESI premiando o empregado Sérgio Gomes Lourenço. Somente duas empresas conquistaram esse título no DF.

Em 1993, ficou entre as sete empresas premiadas com o "Top de Recursos Humanos" (ADBV).

No ano 1996, ganhou o prêmio de Melhor Empresa do Setor Elétrico concedido pela revista Exame. De 1996 a 1998, a CEB recebeu o título de maior arrecadadora de ICMS dentro do GDF e segunda maior do DF. Foi a primeira empresa do DF a ganhar o título de Empresa Cidadã, conferido pelo IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sócias e Econômicos).

Em 1998, foi considerada a 39ª estatal do país a 50ª maior empresa de serviço do Brasil, a 10ª maior da Região Centro-Oeste e a 8ª maior do DF. Neste mesmo ano foi celebrado o Consórcio CEMIG/CEB em 16/01/1998.

1999 - Ganhou o título de Patrono da Cultura Brasileira oferecido pelo Ministério da Cultura. Menção honrosa concedida pelo Ministério das Minas e Energia, Eletrobrás e Procel por ter sido a primeira concessionária de energia elétrica a atuar como empresa de conservação de energia. Ainda neste ano foi considerada a melhor empresa da região Norte/Centro-Oeste pela ABRADEE.

Fonte http://www.ceb.com.br/

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