8 de jan. de 2015

Ao propagar o ódio, ódio se colhe

A grande mídia vai fazendo seu escarcéu sobre a liberdade de imprensa e o atentado de hoje, etc, etc..é do jogo. 
Na CBN, Alberto Dines, Demétrio Magnoli e Willian Wack (que trinca barra pesada!) em um programa especial, dizem que a liberdade de expressão é um direito inalienável, universal, etc. Concordo. 

por Altair Freitas

Por outro lado, qual é mesmo o direito que alguém tem de esculhambar completamente a religião alheia desrespeitando seus símbolos fundamentais?

Não estou de modo algum justificando o atentado. Compreendam bem. 

O atentado, como qualquer outro, é um ato extremo de covardia, autoritarismo e arrogância. E ainda que esse me cheire previamente a algum tipo de armação, nenhuma motivação justifica. Contudo, estou dialogando com os limites para a tal "liberdade de expressão" porque, sem limites, ela pode alimentar ódio e preconceito. E não adianta apelar para o tal "bom senso". 

Tem gente que simplesmente não detém o bom senso para expressar suas opiniões. Principalmente quando tais manifestações tidas como "humorísticas", ajudam a vender jornal, revista ou dar "ibope" para órgãos de comunicação que alimentam um tipo de público ávido por idiotices. No fundo, trata-se de ganhar dinheiro e não de liberdade de expressão.

Imaginem o impacto que causaria nos cristão ver um chargista muçulmano - ou de qualquer outra religião - retratando Jesus nu, de quatro e com alguma coisa enfiada no anus? Sentiram o drama? Pois essa é uma charge publicada pelo tal jornal que sofreu o atentado hoje, representando o profeta Maomé, entre outras barbaridades do tipo contra a religiosidade islâmica. 

Não reproduzo aqui por delicadeza com cristãos, muçulmanos e demais manifestações religiosas. Nada justifica o que foi feito hoje mas é preciso sempre considerar que ao propagar o ódio, ódio se colhe.

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