24 de jan. de 2015

Pressão faz governo desistir de dividir a Ceilândia

Rodrigo Rollemberg publicou em uma rede social que desistiu de dividir a Ceilândia.

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, publicou na manhã deste sábado, em sua página do Facebook, que desistiu de criar mais uma Administração Regional na Ceilândia, que dividiria a cidade.

Desde que foi anunciada a proposta de divisão, houve uma grande pressão da população de Ceilândia, lideranças de todo o DF, mídias alternativas e até de aliados, como o senador Hélio José da Silva Lima, suplente do governador no Senado.

Embora tenha afirmado que a intenção era a das melhores, que tinha como objetivo dar mais eficiência à gestão, o governador esqueceu de uma das suas promessas de campanha, a gestão compartilhada. Tomar uma decisão como essa, de dividir a Ceilândia, sem consultar a população e, pior ainda, sem explicar as razões da divisão, é uma demonstração de autoritarismo e arrogância.

Será que teremos que passar 4 anos lembrando ao governador que ele não chegou ao Buriti sozinho, que ele foi eleito pelo voto popular e que deve satisfação à quem votou nele e à quem não votou também?

Confira o que Rollemberg escreveu em sua página:

"Ao propor a criação de mais uma administração regional na Ceilândia, o governo do Distrito Federal pensou em dar mais eficiência à gestão, tendo em vista a população de mais de 400 mil pessoas e a extensão do território, que inclui o Sol Nascente e o Por do Sol. A existência de duas administrações não significaria, obviamente, que seriam duas cidades, pois "cidade" e "administração regional" não são conceitos que necessariamente têm dependência um do outro. A Ceilândia continuaria sendo uma só cidade, com duas administrações regionais. 

A crítica à proposta é legítima, mas é um equívoco lamentável atribuir a proposta a interesses políticos, num raciocínio típico dos que ainda se apegam aos velhos métodos de governar. 

Considerando a reação de moradores e de entidades representativas à proposta, que foi feita pensando em melhorar a gestão na Ceilândia, o governo informa que manterá na cidade apenas uma administração regional. O governo sempre levará em conta a opinião da população, desde que manifestada de modo legítimo e no debate franco e aberto."

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