3 de fev. de 2015

Ao mudar postura restaurante admite fraude

Restaurante Comunitário do Gama passa a servir maior quantidade de carnes.

Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Após denúncia feita pelo Blog do Arretadinho, que o Restaurante Comunitário do Gama estava servindo uma quantidade menor de proteína animal, constatamos no início da tarde desta terça-feira (3), que a gerência da unidade aumentou a quantidade de carne servida no almoço.

Como publicamos anteriormente, este problema era recorrente, não surgiu no atual governo e o Blog já havia publicado a denúncia anteriormente. 

Entenda o caso
Em meados de 2013 recebemos a informação de que o Restaurante Comunitário do Gama estava servindo uma quantidade menor de proteína animal do que a que deveria servir. Segundo tabela da antiga Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Social e Transferência de Renda, SEDEST, a proteína animal com osso deveria ter, no mínimo, 300 gramas.

Na quinta-feira (29) almoçamos no Restaurante Comunitário e fomos surpreendidos ao constatar que eles estavam servindo 1 colher de sopa de ovos mexidos como proteína animal. Questionamos se os cofres públicos não estavam sendo lesados pelo fato da empresa contratada pela antiga SEDEST estar recebendo o valor para servir 300 gramas de alimento e estar servindo uma colher de sopa de ovos mexidos.

A denúncia repercutiu e foi parar no grupo do Fórum Comunitário do Gama, do WhatsApp e, de lá, encaminhada a recém criada Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Social, SEDHS.

Travamos um debate nesse grupo defendendo a tese de que, não era pelo fato do almoço custar R$ 1,00 ou ser dirigido à população de baixa renda, que o assunto não merecia importância, se fazia necessário a intervenção do Estado por estar sendo lesado e nós, na condição de contribuintes, tínhamos a obrigação de alertar o gestor público e cobrar uma fiscalização mais eficiente.

Corrupção
Se da empresa  corrigiu esse ato ilícito, como constatamos hoje, deixa muito claro que ouve uma fiscalização da SEDHS e que foi constatada a irregularidade, dessa forma, também fica claro que, ao corrigir o que estava fazendo errado propositalmente, houve uma admissibilidade de culpa por parte da empresa de estar praticando o ato de corrupção.

Cabe agora aos órgãos responsáveis, exigir a restituição aos cofres públicos dos valores subtraídos por ela. Nos últimos anos vem ocorrendo uma verdadeira "caça às bruxas" aos políticos corrupos, o que entendemos estar correto, entretanto, quase nada tem se falado dos empresários que subtraem o dinheiro público, seja com sonegação fiscal, seja como essa empresa, que recebia um valor para prestar um tipo de serviço mas prestava um serviço de menor valor.

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