4 de mar. de 2015

Senador Cristovam diz que regular mídia é perigoso

Senador afirma que, embora sejo necessário, é muito perigoso regulamentar a mídia

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Em entrevista a Agência Senado, o senador Cristovam Buarque, PDT/DF, afirmou que acha muito perigoso regulamentar a mídia, embora seja necessário. O senador é o presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado, e disse que a regulamentação levaria o governo a "cometer excessos e de ter a tentação de dar um passo a mais, a mídia termina controlada totalmente".

Das duas uma, ou Cristovam não conhece o Projeto que se propõe a regulamentar a mídia (o que eu duvido), ou ele está fazendo uma defesa velada à meia dúzia de famílias que tem o controle da comunicação no Brasil, porque na entrevista ele cita como exemplo uma cena que diz ter visto de um militante rasgando um jornal, o que o levou a publicar em em sua página no Twitter "começa assim". Ele afirma que essa raiva deve ser demonstrada não comprando o jornal.

Esta afirmação do senador é, no mínimo, leviana como se toda a população brasileira fosse composta por intelectuais que, nem sempre, têm essa consciência. A mídia vai continuar publicando mentiras e manipulando as informações conforme os seus interesses e, principalmente, conforme os interesses do capital internacional. É tão leviana a afirmação dele que, em um resumo grosseiro, o Projeto de Lei não proíbe que se publique nenhuma notícia, mas responsabiliza quem não tiver provas do que foi publicado.

O pedetista diz que eticamente é necessário regulamentar a mídia, mas é perigoso e conclui afirmando que "as vezes é melhor não se submeter ao necessário para não cair no perigoso".

Perigoso, senador, é a pessoa ser colocada à execração pública por causa de uma notícia divulgada sem provas, como foi o caso do ex-ministro do Esporte e atual deputado federal pelo PCdoB de São Paulo, Orlando Silva, que passou oito meses sendo citado pelo Jornal nacional por supostamente ter comprado uma tapioca de R$ 8,00 com seu cartão corporativo e, após ser inocentado pelo Supremo Tribunal de Federal, STF, teve  sua inocência anunciada pelo mesmo telejornal em apenas 15 segundos.

Confira o vídeo:


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