4 de mar. de 2015

I Plenária Social Periférica no Cio das Artes

Momento da aprovação da proposta de uma carta de repúdio ao
GDF pela derrubada das casas dos trabalhadores no Areal
Espaço cultural no setor P Sul realiza a I Plenária Social Periférica

Da Ceilândia
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

A noite desta terça-feira (3) foi de debates políticos no setor P Sul da Ceilândia. O espaço cultural Cio das Artes promoveu a  I Plenária Social Periférica, reunindo representantes de partidos de esquerda e de movimentos sociais para debater os rumos da política neoliberal implantada no DF e quais as estratégias que a sociedade deve adotar contra o golpe em andamento ao governo Dilma.

A proposta é para que esses encontros ocorram toda terça-feira, que foi batizado pelos idealizadores de "terça em movimento". O objetivo é envolver a sociedade nas discussões dos problemas a nível de governo federal, distrital e local, no caso, da Administração Regional da Ceilândia.

Nessa primeira versão, entre os assuntos abordados, destacaram-se os seguintes temas:
Jovens da cidade participando dos
debates políticos
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  • O acampamento com mais de 150 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Brazlândia e que conta com apenas 68 lotes.
  • As dificuldades que as famílias abrigadas no ginásio de esportes da Ceilândia estão enfrentando, em consequência da derrubada de suas casas pelo Governo do Distrito Federal, GDF, no Areal recentemente. Participantes questionaram o motivo que que impede o GDF de agir da mesma forma com as invasões nos Lagos Sul e Norte.
  • A importância da participação da juventude nesses debates, que tomam a questão política como uma coisa ruim, numa clara adesão à desconstrução da importância da participação dos jovens na política, que vem sendo feita pela grande mídia.
  • As atividades que o Cio das Artes promoverá no próximo dia 8 para celebrar o Dia Internacional da Mulher, que oferecerá um café da manhã às 9h e, entre outras atividades, uma palestra com a deputada Érica Kokay (PT/DF), na parte da tarde.
Movimentos sociais e cultural reunidos
contra o golpe
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Na condição de representante do Partido Comunista do Brasil, PCdoB-Gama, falei sobre a importância da aprovação na noite da mesma terça-feira (3), do Projeto de Lei, PL, 8305/14, do Senado,  que inclui o feminicídio como homicídio qualificado, classificando-o ainda como hediondo. 

Enfatizei que, segundo a proposta, há razões de gênero quando o crime envolve violência doméstica e familiar, ou menosprezo e discriminação contra a condição de mulher. A pena prevista para homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.


Finalizei dizendo que o projeto prevê ainda o aumento da pena em 1/3 se o crime ocorrer:
- durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto;
- contra menor de 14 anos, maior de 60 ou pessoa com deficiência; e
- na presença de descendente ou ascendente da vítima.

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