6 de jun. de 2015

Rio terá primeiro Festival de Choro na Gamboa

Com apoio do Ministério da Cultura, a primeira edição do Festival de Choro na Gamboa será realizada entre os dias 18 e 20 deste mês, no Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Serão três dias de apresentações gratuitas, com três atrações por noite.

O curador do festival, violonista Yamandu Costa, disse à Agência Brasil que a meta é inserir o evento no calendário oficial da cidade. “Quando a gente fala desse tipo de projeto, a intenção é essa. O Rio de Janeiro passa por um momento especial. Os holofotes do mundo estão muito virados para nós e é muito importante que, cada vez mais, tenhamos eventos que abranjam esse universo da música tradicional”.

Acrescentou que a “nossa ideia é que dê muito certo isso, que se democratize mais essa música e as pessoas tenham mais oportunidade de se identificar com essa cultura que é tão peculiar nossa, brasileira”.

Yamandu Costa abrirá o festival, ao lado de Penezzi, no dia 18, às 19h, seguindo-se apresentação do grupo Choro Rasgado e Rogério Caetano Trio. “No final, a gente faz uma grande roda de choro para contemplar o primeiro dia de festival”. Na sexta-feira, os convidados são Alexandre Ribeiro e Maurício Castilho e Sexteto.

Castilho é filho do músico Álvaro Carrilho e sobrinho do flautista Altamiro Carrilho. No sábado (20), se apresentam Regional Nacional e Nina Wirtti, Zé e Silvério e o grupo Gafieira do Bebê.

Para o curador, a iniciativa procura misturar músicos renomados com novas figuras do choro nacional. A lista de atrações inclui o trombonista brasileiro Zé da Velha, conhecido como um dos maiores solistas de choro do Brasil e Silvério Pontes, que integrou o naipe de metais das bandas de Luiz Melodia, Tim Maia, Ed Motta, Cidade Negra e Elza Soares.

“E tem novidades”, destacou Yamandu Costa. Entre elas, Alessandro Bebê Kramer, ou simplesmente Bebê Kramer, gaúcho que desembarcou na Lapa com seu acordeão acompanhando músicos que chegaram para viver a efervescência do bairro boêmio na virada dos anos 1990 para 2000. Do encontro com o maestro Paulo Moura, Bebê acabou desenvolvendo a ideia de explorar mais o instrumento no contexto da gafieira. Assim, nasceu o grupo Gafieira do Bebê.

Yamandu Costa salientou que, como o festival será feito em um espaço aberto, diferente do clima mais formal de uma sala de concertos, há condições para que seja feita uma dinâmica mais forte, mais adequada a esse tipo de local. “O MAR é um patrimônio novo do Rio e tem tudo a ver com a alma carioca, com o choro. A gente espera que todas essas peças se encaixem e a cidade ganhe um evento de altíssimo nível que tanto merece”.

da Agência Brasil

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