10 de jul. de 2015

Crianças e adolescentes se reúnem para discutir Direitos Humanos

Crianças, adolescentes e representantes de diversos segmentos da sociedade civil se reuniram nesta sexta-feira (9), em um hotel de Brasília, para trocar experiências e discutir o cenário de promoção e defesa dos direitos da população infanto-juvenil.

São 27 crianças e adolescentes representantes dos 26 estados e do Distrito Federal, além de onze representantes de ciganos, quilombolas, indígenas, menores em cumprimento de medidas socioeducativas e outros.

O evento, que termina neste sábado (10), ocorre às vésperas do aniversário de 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, em um contexto de discussões sobre a redução da maioridade penal.

Integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, José Carlos Sturza de Moraes disse que há um esforço em escutar essas vozes de diferentes lugares e segmentos sociais. “É importante para perceber quais as vulnerabilidades e violações que eles vivem ou tomam conhecimento em seus estados”, comenta.

Emanuel Mendes Moreira, de 14 anos, veio de Santa Rita, Paraíba, para participar do evento. Ele é integrante do grupo Protagonismo, que troca experiências sobre os problemas dos jovens de municípios paraibanos. “Estamos todos por um objetivo só, estamos tentando solucionar um problema que não é só nosso, é do Brasil”, avalia.

Além de participar de dinâmicas em grupo e em rodas de conversa, o grupo fez uma visita na manhã de hoje à Câmara dos Deputados. Para José Carlos, essas vivências são muito importantes, pois permitem que os adolescentes possam aprender, a partir das diversidades culturais brasileiras.

As atividades fazem parte da preparação da 10ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos das Crianças e Adolescentes, marcada para o ano que vem e que contará com um terço de representantes menores de idade.

“Precisamos fazer políticas públicas com crianças e adolescentes e não para eles. Precisamos exercitar a nossa autocrítica em relação ao adultocentrismo”, concluiu José Carlos.

Carolina Nunes Diniz, também de 18 anos, e representante do movimento Enegrescer, ressalta que é fundamental que os jovens estejam articulados em um momento como este, em que se discute a redução da maioridade penal. “Uma ameaça paira sobre a juventude negra, pobre, moradora da periferia, que sempre foi marginalizada e discriminada. Essas pessoas precisam de educação, não precisam de cadeia”, avalia.

da Agência Brasil

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