Tome-se a sessão da Câmara em que compareceu o Ministro-Chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante.
Por Luiz Nassif
No início do governo Dilma, Mercadante ajudou a torpedear a aliança com o PMDB, permitindo que Eduardo Cunha comandasse a rebelião da Câmara contra o governo. Praticamente todos os parlamentares reclamavam do estilo autoritário de Mercadante e de sua chefe.
Mercadante percebeu que não havia mais espaço para o embate político frontal e decidiu mudar o estilo. Só que escolheu o parceiro errado.
Qualquer observador político minimamente antenado sabe que ao PSDB só interessa a destruição do governo Dilma, pelo impeachment ou pelo sangramento continuado. Ainda mais nas mãos de Aécio Neves, e sob a guarda de FHC, não há o menor espaço para composição.
Mercadante tira da cachola a utopia paulistana do pacto entre PT e PSDB. Lança a ideia na mídia, sem ao menos consultar Lula. Os jornais exploram o apelo, como se fosse rendição, e permitem a FHC e a Aécio deitar e rolar: nada faremos enquanto o governo não fizer autocrítica.
Ai Mercadante vai à Câmara e... faz a autocrítica. Faz mais: elogia a herança bendita recebida do PSDB e corre para os abraços.
Em vez de abraços, recebe uma banana. Aécio dia que a autocrítica chegou tarde, que Mercadante confirmou que DIlma mentiu ao falar em herança maldita e por aí afora.
Nem nos 7 x 1 da Alemanha Felipão teria feito pior.
É hora de cair a ficha do Planalto e passar a atuar com um mínimo de profissionalismo.
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