23 de ago. de 2015

Dilma inaugura estação da integração do São Francisco

Dilma: tudo nessa obra é grande. Mas tem uma coisa que é a mais importante. Porque a gente mede uma obra não pela quantidade de concreto que ela tem, pelo tamanho dos andares, mas por quem ela beneficia. E ela beneficia 12 milhões de brasileiros e brasileiras, diretamente em 390 municípios do Nordeste. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
“Saiu do papel”, afirma Dilma em entrega de estação da integração do São Francisco
Há 150 anos, um político do Ceará propôs usar a água do Rio São Francisco para combater a seca no Nordeste. 
A ideia foi aprovada pelo imperador Dom Pedro II e, desde então, virou uma verdade popular que essa boa ideia jamais sairia do papel. Mas ela está se tornando uma realidade que vai beneficiar 12 milhões de brasileiros, afirmou a presidenta Dilma Rousseff nesta sexta-feira (21), ao inaugurar a primeira Estação de Bombeamento (EBI-1) do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf). Com essa estação, o projeto chega a 77,8% das obras concluídas.
do Blog do Planalto

“Pois [a obra] saiu do papel”, comemorou a presidenta ao acionar a bomba que levará a as águas verdes do “Velho Chico” por 45,9 quilômetros até o reservatório de Terra Nova, localizado em Cabrobó (PE). Dilma apontou a grandiosidade da estação, que equivale a um prédio de 12 andares, e de todo o projeto.

“Todos nós, que acompanhamos a evolução do Projeto de Integração do São Francisco, sabemos que tudo nele é grandioso. Serão 477 km de canais, 9 estações de bombeamento como esta, 27 reservatórios, 4 túneis e 14 aquedutos”. O investimento no trecho inaugurado hoje foi de cerca de R$ 625 milhões.

Ressalvou ainda que a enormidade das estruturas construídas pelo governo no Semiárido não pode ser medida apenas pela quantidade de concreto, pelo tamanho dos andares, mas por quem ela beneficia. O mais importante, enfatizou a presidenta, é que 12 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados, em 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O projeto prevê a transferência de água em dois eixos, Norte e Leste, cuja construção gerou algo em torno 9.980 empregos.
Cerca de 80 mil pessoas serão beneficiadas nas pequenas comunidades que vivem em torno dos canais, entre pequenos agricultores rurais, assentados da reforma agrária, populações quilombolas e população indígena. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma acrescentou que cerca de 80 mil pessoas serão beneficiadas nas pequenas comunidades que vivem em torno dos canais “São comunidades de agricultores, de pequenos agricultores rurais, de assentados da reforma agrária, populações quilombolas e população indígena. Fizemos uma parceria com os governadores para que a gente possa assegurar que essa obra tenha o acesso das populações que vivem no entorno à água. Nós garantimos os recursos e os governadores farão as obras”, enfatizou.l

Equipamentos
Mais de três mil equipamentos estão em operação na área. Junto a cada uma das 9 estações de bombeamento, haverá uma subestação de energia, que fará a elevação da água a 36 metros, para que possa correr nos canais. “Essa obra não é só o canal. É também a estação de bombeamento, que tira a água daqui, do nível do rio, e leva lá para cima usando energia elétrica. Essa estação tem12 metros, significa que a água sai daqui e, como se entrasse num elevador, sobe 36 metros e entra no canal. para poder trazer a água para o resto de todo esse eixo, que é o Eixo Norte”, explicou a presidenta.

Ela previu que a obra deve ficar pronta até dezembro de 2016 e que, se esse cronograma se cumprir, convidará o ex-presidente Lula para participar da inauguração. Porque após 150 de espera, foi preciso um nordestino ser eleito presidente para essa grande obra contra a seca virar realidade, disse. “Lula, de fato, queria muito inaugurar essa obra. E eu assumi com ele o compromisso de que nós iríamos juntos inaugurá-la. E nós iremos inaugurá-la”.

“Para vocês terem uma ideia, 12 milhões [de pessoas que a obra vai beneficiar] é mais do que a população do Paraguai e do Uruguai somadas. É como se tivéssemos, dentro do Brasil, um Paraguai e Uruguai beneficiados com essa obra de integração do São Francisco. Para mim, hoje é muito emocionante ter apertado o botão [que acionou a bomba] e ter visto a água jorrar”.

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