Estado de exceção.
Não bastasse estudantes serem presos e contra eles ser aplicada a lei penal imputando-lhes crime de dano e associação criminosa, uma advogada ontem foi presa em São Paulo por participar de ato realizado por estudantes.
por Ricardo Pantin - Advogado
Foi brutalmente agredida por quatro policiais militares e a ela imputada o crime de desacato e resistência, condutas que são largamente imputadas a quem protesta e resiste contra o Governo de Geraldo Alckmin. Representei a advogada que foi liberada após a lavratura de termo circunstanciado e pedi a instauração de inquérito para a apuração dos crimes de abuso de autoridade e lesão corporal contra o Tenente que comandou a operação. A Seccional Paulista da Ordem dos Advogados manteve-se absolutamente inerte mesmo tendo sido comunicada da prisão da advogada na pessoa do presidente da Comissão de Prerrogativas.
É este o estado de coisas em São Paulo. Estudantes que reivindicam justa pauta (educação, direito fundamental) e quem promove a defesa de seus direitos, os advogados, sendo detidos ilegalmente, episódios que pensávamos não mais presenciar após o fim da ditadura civil-militar que se instalou no Brasil com o golpe de 1964.
Precisamos, nós advogados e sociedade civil, reagir.
DIVULGUEM POR FAVOR!
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